ANO DAS FLORESTAS ARRANCOU NO CENTRO CIÊNCIA VIVA
Ao mesmo tempo que em Nova Iorque era assinalado o início do Ano Internacional das Florestas, o Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença- -a-Nova, foi palco da sessão nacional de lançamento das iniciativas que, ao longo de 2011, irão promover a defesa de um recurso que representa 11% das exportações nacionais.
A floresta portuguesa ocupa 3,3 milhões de hectares, o que corresponde a 38% do território nacional. O potencial de crescimento da área arborizada é de cerca do dobro, caso sejam aproveitadas as áreas de incultos e improdutivos.
A distribuição segundo as principiais espécies indica o Pinheiro Bravo como a espécie florestal predominante, com 29,1% da ocupação, equivalente a 976 mil hectares. Segue-se o Sobreiro com 21,3%, o que corresponde a perto de 713 mil hectares e o Eucalipto com 20,1%, correspondente a mais 672 mil hectares de floresta. Os bens produzidos pela via da actividade florestal sustentam uma importante e integrada cadeia industrial, baseada em recursos naturais, suportando por si, um forte sector de exportação. Por conseguinte, a floresta e a actividade florestal em Portugal são uma importante área da economia. O nosso país, no contexto europeu e mesmo internacional, é especializado no sector florestal, sendo a sua receita um importante contributo para o PIB.
Do ponto de vista de transacções para o mercado internacional de produtos florestais e de base florestal, os mais importantes são: papel e cartão, pasta de papel, cortiça, madeira e produtos de resina e mobiliário. Por tudo isto, o secretário de Estado das Florestas, Rui Barreiro, assumiu, no lançamento do Ano Internacional das Florestas, que teve lugar no Centro Ciência Viva da Floresta em Proença-a-Nova, o compromisso de o Governo de se empenhar na valorização dos espaços florestais e convidou autarcas, escolas, empresários e população em geral a envolverem-se nas comemora- ções. E referiu: “porque a floresta é de todos e para todos, vamos todos trabalhar”.João Paulo Catarino, presidente da Câmara de Proença-a-Nova, considerou ser necessário olhar para a floresta nas suas várias vertentes, valorizando os benefícios que ainda não são quantificados, tais como o sequestro de carbono ou a regulação de caudais. “A floresta só terá futuro se conseguirmos que os seus proprietários sejam ressarcidos periodicamente, e na justa medida, dos benefícios que a sua floresta proporciona à sociedade”, alertou. (…)