O Presidente da República presidiu, na sede da Fundação Champalimaud, em Lisboa, à cerimónia de entrega do Prémio António Champalimaud de Visão 2014, o qual distinguiu, nesta edição, sete investigadores que se destacaram pelos seus trabalhos no desenvolvimento de terapêuticas anti-angiogénicas, em situações de retinopatia diabética e de degenerescência macular da retina relacionada com a idade. A terapia em causa, chamada anti-angiogénica, inclui o uso de dois medicamentos – Avastin e Lucentis – que permitem, de acordo com os cientistas, prevenir a cegueira ou recuperar parte da visão em doentes com retinopatia diabética ou degenerescência macular relacionada com a idade, em estado inicial. O Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, foi atribuído este ano aos investigadores Napoleone Ferrara, Joan Miller, Evangelos Gragoudas, Patricia D’Amore, Anthony Adamis, George King e Lloyd Paul Aiello. Lançado em 2006, o Prémio António Champalimaud de Visão conta com o apoio do programa “2020 – O Direito à Visão”, da Organização Mundial de Saúde. Nos anos pares, o galardão distingue a investigação científica feita na área oftalmológicaa, e nos anos ímpares, o trabalho realizado por instituições na prevenção e no combate à cegueira e doenças da visão. O júri do prémio é composto por diversos cientistas e personalidades, designadamente o oftalmologista e professor José Cunha-Vaz, o ex-primeiro-ministro e atual alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados António Guterres, o ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors e o Nobel da Medicina Susumu Tonegawa.