“A Wellow pretende ser uma nova forma de dizer olá!”
César Santos, fundador e CEO do Wello Group, falou, em entrevista à FRONTLINE, da necessidade de recriar uma marca capaz de agregar diversas áreas de negócio que surgiram a partir do crescimento do grupo Talenter, projetando-o para uma nova fase de expansão.
Recentemente lançaram uma nova marca: a Wellow™. Porquê agora e o que significa?
A marca Wellow™ surge como consequência do crescimento e diversificação da atividade do grupo Talenter. Atualmente, o grupo está presente na área de RH (Recursos Humanos) propriamente dita, mas também já tem uma presença significativa nos Outsourcings, nas Telecomunicações, na Energia, na Mediação de Seguros e mais recentemente na Mediação Imobiliária.
As áreas “não RH” já representam mais de 40% do volume de negócios do grupo, logo era importante não descaracterizar a marca Talenter™, mantendo-a orientada para o propósito para o qual foi criada, “identificação e promoção de talento”, e criar uma nova marca – a Wellow – que agregasse a diversidade das várias empresas do grupo.
Que implicações e novidades traz esta nova marca àdinâmica do grupo empresarial?
A nova marca resultou do exercício de tentar perceber o que as marcas existentes tinham em comum, os valores partilhados pelas pessoas, por forma a criar algo novo que valorizasse o ADN das empresas do grupo. Deste exercício, o humanismo, o compromisso e a inovação foram destacados e os mais valorizados na auscultação interna. As pessoas têm a noção que são importantes e veem o grupo como dinâmico, ágil, inovador, que se reinventa e procura surpreender os seus clientes.
Nunca a expressão “as empresas são as pessoas” fez tanto sentido como hoje! Com a desmaterialização dos processos e do próprio local de trabalho, o que faz hoje as empresas são as pessoas. No nosso caso, queremos levar esta experiência para novos setores de atividade, já fizemos isso nos últimos quatro anos na Futurcabo e achamos que fomos bem-sucedidos, pelo que queremos dar continuidade.
O que se espera desta nova marca, qual o seu propósito e posicionamento no mercado?
Como referi anteriormente, da auscultação interna, o valor do humanismo é transversal a todas as empresas do grupo, pelo que a melhor forma de o transmitir está na capacidade de gerar empatia, demonstrado por um cumprimento, um sorriso ou pela simples simpatia. A Wellow pretende ser uma nova forma de dizer olá! Sinónimo de um sorriso, um convite ao diálogo e ao início de uma conversa, estreitando relações, ganhando confiança e criando parcerias de futuro.
Desta forma, o propósito da Wellow é agregar empresas e negócios assentes numa profunda convicção da “importância do conhecimento e da centralidade das pessoas como forma de promover a inovação e a vantagem competitiva das organizações”. Pelo que, a principal preocupação da Wellow é projetar “mais que uma marca, uma cultura”!
Têm um portefólio de sete marcas comerciais: quais as insígnias e áreas de atuação do Wellow Group?
Em setembro de 2021 reorganizámos as empresas do grupo em sete áreas de atuação, a que correspondem sete marcas comerciais: Header™ – Executive Search e Formação; Talenter™ – Recrutamento e Seleção e Trabalho Temporário; Knower™ – Outsourcings; Futurcabo® – Telecomunicações e Energia; Exato® Seguros – Mediação de Seguros; Berkshire Hathaway HomeServices, Atlantic Portugal – Mediação Imobiliária; Wellow Rent & Properties – Rent-a-Car e Imóveis.
De que forma têm o grupo organizado e quais os principais indicadores dos negócios em que estão envolvidos?
Desde setembro, o grupo está organizado verticalmente de acordo com as sete unidades de negócio referidas anteriormente, cada uma com um CEO e centralizámos na Wellow quatro direções transversais às várias áreas de negócio: Marketing e Responsabilidade Social; Pessoas e Cultura; Financeira; e Inovação Tecnológica.
Quanto a números, em 2021 fechámos o ano com cerca de 100 milhões de euros de volume de negócios, mais de 5000 pessoas e 750 clientes. A área de recursos humanos, da qual fazem parte as marcas Header™ e Talenter™, representa cerca de 60% do volume de negócios do grupo e se considerarmos que os outsourcings(Knower™) são essencialmente serviços de gestão de pessoas e representam mais 20%, demonstra que continuamos a ser um grupo de empresas ligadas à gestão de recursos humanos.
Tendo em consideração acontecimentos recentes que têm vindo a moldar o mundo, como a pandemia ou a guerra, como antecipam o futuro das empresas?
A pandemia reforçou a centralidade das pessoas e da tecnologia. Acho que é consensual que demos um grande “salto” tecnológico e que neste momento existe uma quase obsessão com o digital firstou de como o digital se tornou indispensável nas nossas vidas, porém continuo a acreditar que a tecnologia deve estar ao serviço das pessoas e não o contrário, pelo que é importante recuperar o people first!
Por sua vez, a guerra na Ucrânia veio confrontar a Europa com as suas fragilidades ao nível da dependência energética e da sua desindustrialização, a que se junta a subida da inflação que já vinha da pandemia. Este contexto reforça a importância das pessoas e da gestão de RH para tornar as empresas mais eficientes, na aceleração da transição energética e no reposicionamento estratégico dos países e das empresas face à globalização.
Que evolução preveem para a Wellow nos próximos cinco anos? Que áreas irão moldar o futuro próximo?
Vamos continuar a procurar criar relações de confiança, estar atentos a novas oportunidades, valorizar as pessoas que têm feito este percurso e continuar a ter capacidade para atrair talento, pois as “as empresas são as pessoas” e todos os projetos podem ser bem-sucedidos se tiverem as pessoas certas.
De uma forma mais concreta, pretendemos consolidar as sete áreas de negócio, algumas com um grande potencial de crescimento, e o novo modelo de gestão. “We say wellow to a brighter future”!