SAÚDE: RESPONSABILIDADE DE TODOS
O envelhecimento da população mundial afeta indubitavelmente a sociedade e a economia, incluindo o alojamento, a saúde e a proteção social, o mercado de trabalho, a procura de bens e serviços, a sustentabilidade económica e fiscal, as estruturas familiares e os laços intergeracionais.
Como os europeus esperam viver vidas cada vez mais longas, a sua atenção volta-se para o modo como poderão aproveitar ao máximo a sua aposentação. Um número crescente de pessoas mais velhas envolve-se em algum tipo de atividade ou emprego significativo: alguns adotam novos passatempos, desportos ou aprendem novas aptidões, outros decidem ser voluntários ou viajar, enquanto outros escolhem trabalhar em regime de tempo parcial. Estudos confirmam que os mais velhos têm maior probabilidade de manter a sua saúde física e mental, mantendo-se ativos e preservando os seus contatos sociais; isso também pode melhorar as possibilidades de uma aposentação mais feliz, com níveis mais altos de satisfação com a vida.
Estas mudanças traduzem-se numa maior participação social, e esse processo de envelhecimento demográfico pode, de várias maneiras, ser considerado uma história de sucesso. No entanto viver mais tempo não significa necessariamente viver uma vida mais saudável, mais ativa e independente.
A força de trabalho em saúde
Simultaneamente os desafios na força de trabalho em saúde estão a ser sentidos em cada vez mais países. A escassez de pessoal abrange todas as áreas de prestação de cuidados a nível internacional, sendo evidente a crescente escassez de enfermeiros e de técnicos de serviço social. Tornar os cuidados de saúde primários num ambiente de trabalho mais atraente é crucial para recrutar e reter os melhores profissionais.
A tecnologia digital, a robótica e outras ferramentas automatizadas têm um enorme potencial para resolver pontos problemáticos atuais e futuros da força de trabalho, não porque substituam profissionais, mas porque simplificam atividades.
Espera-se que a expetativa de vida continue a aumentar, elevando o número de pessoas com mais de 65 anos para mais de 656 milhões, ou seja 11,5% da população mundial. A rápida urbanização, o estilo de vida sedentário, a mudança de dieta e o aumento dos níveis de obesidade estão a estimular o aumento das doenças crónicas mesmo nos países em desenvolvimento.
Qualidade, resultados e valor
Atualmente alguém desenvolve demência a cada três segundos e estima-se que 50 milhões de pessoas no mundo vivem com demência – um número que se prevê que dobre a cada 20 anos.
Esta realidade faz com que qualidade, resultados e valor sejam as palavras de ordem dos cuidados de saúde no século XXI. Todas as partes interessadas neste setor em todo o mundo procuram formas inovadoras e eficientes de fornecer cuidados de saúde, ditos inteligentes, centrados nas pessoas, apoiados e potenciados pela tecnologia, tanto dentro como fora dos serviços de saúde.
Os fatores mais importantes que contribuem para a saúde de uma pessoa incluem o seu acesso à educação, as suas condições de trabalho e de lazer, a sua habitação, a sua comunidade e a sua capacidade de levar uma vida saudável.
Atualmente tornar a população mais saudável não se consegue somente através dos serviços de saúde. É na realidade uma responsabilidade de todos.