AO LONGO DE 55 EDIÇÕES, desde 1967, o Vodafone Rally de Portugal afirmou-se como um dos maiores fenómenos de popularidade do desporto português, atraindo, todos os anos, centenas de milhares de adeptos até às classificativas de terra do evento. Pontuável para o Campeonato do Mundo FIA de Ralis (WRC), a prova do Automóvel Club de Portugal continua a ser um dos ralis mais emblemáticos do panorama internacional, sendo este ano a quinta ronda do calendário, sucedendo ao Rali da Croácia (20 a 23 de abril) e abrindo a fase de terra em solo europeu (depois de uma primeira incursão pelos troços de terra no México, em março).
Este ano, o WRC Vodafone Rally de Portugal regressa a outro local que marcou a sua história de quase seis décadas, a Figueira da Foz, palco de uma nova super-especial de 2,28 km no centro da cidade, com a foz do Mondego e o Oceano Atlântico como pano de fundo, a fechar o primeiro dia competitivo da prova, na sexta-feira (12 de maio). Outra novidade em 2023 é uma classificativa de 15 km em Paredes, no decisivo dia de domingo (14 de maio), num concelho que continua a receber o tradicional Shakedown de abertura do rali, na quinta-feira (11 de maio), nas imediações e no interior da pista de Baltar.
Num figurino semelhante ao dos últimos anos, é na região Centro que o WRC Vodafone Rally de Portugal tem as primeiras especiais cronometradas, na sexta-feira, com duplas passagens pelos troços de Lousã (12,03 km), Góis (19,33 km) e Arganil (18,72 km), e uma passagem por Mortágua (18,15 km), antes da estreia da super-especial da Figueira da Foz.
No sábado, os concorrentes rumam ao Norte e às classificativas de Vieira do Minho (26,61 km), Amarante (37,24 km) e Felgueiras (8,91 km), que também recebem duplas passagens, antes da popular super-especial de Lousada, na pista da Costilha.
As decisões do rali também acontecem na região Norte, no domingo, com o já referido troço de Paredes, que antecede a primeira passagem pela especial de Fafe (11,18 km) e a classificativa de Cabeceiras de Basto (22,23 km). A derradeira especial, em regime de Power Stage (com atribuição de pontos-extra), volta a ser emoldurada pelos famosos cenários de Fafe. Ao todo são 19 classificativas e um percurso com 329,06 quilómetros cronometrados, por entre um total de 1636,25 quilómetros no centro e norte do país.
FOCO NA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Os eventos do Automóvel Club de Portugal têm forte preocupação com a sustentabilidade ambiental e, no caso do WRC Vodafone Rally de Portugal, esse esforço foi reconhecido pela Federação Internacional do Automóvel, queatribuiu à prova o Nível de Acreditação Ambiental – 3 Estrelas, o máximo no sistema de certificação da FIA.
O Plano de Sustentabilidade Ambiental do evento, criado em articulação com o Ministério do Ambiente, através da Agência Portuguesa do Ambiente, prevê as seguintes medidas:
A) Respeitar todas as leis e regulações ambientais e outros requisitos, bem como o Quadro de Certificação Ambiental da FIA;
B) Divulgar e promover o conhecimento ambiental junto dos diferentes agentes do evento (organização, pilotos, equipas, parceiros, patrocinadores e espectadores);
C) Levar em linha de conta o trabalho ambiental na escolha de parceiros e fornecedores. Procurar produtos e serviços que garantam um bom desempenho ambiental;
D) Incentivar a partilha de meios de transporte privados (car pooling e car sharing) na deslocação ao evento, bem como a utilização de transportes públicos ou outros;
E) Preferir, sempre que possível, fontes de energia renováveis;
F) Continuar a implementar medidas e estabelecer parcerias para aumentar e melhorar a recolha seletiva de resíduos, bem como a eliminação correta e adequada dos mesmos;
G) Fomentar e melhorar as nossas responsabilidades ambientais com base em tarefas estruturadas e planeadas;
H) Envolver todas as autoridades locais das zonas de passagem do rali;
I) Continuar a reduzir ao máximo o número de documentos impressos em papel, privilegiando a utilização e consulta de documentos em formatos digitais;
J) Fomentar a redução do uso de plástico e de produtos descartáveis, dando preferência a produtos recicláveis e reutilizáveis;
K) Fomentar o uso de água da rede pública, que em Portugal é de elevada qualidade.
Os carros Rally1 usam combustíveis sustentáveis. A unidade motriz elétrica dos Rally1 também pode mover o carro em modo totalmente elétrico nas ligações entre especiais (até cerca de 20 km) e no Parque de Assistência, reduzindo as emissões locais.