SETOR IMOBILIÁRIO

Mercado-de-Casas-de-Luxo-dispara-em-PortugalSEGMENTO DE LUXO

Face ao aumento da procura, nomeadamente de clientes estrangeiros, a palavra de ordem este ano para as imobiliárias é otimismo. A contar com quadros legais inalterados, nomeadamente os impostos, as imobiliárias preveem que o segmento de luxo continue a crescer.

Com preços abaixo daqueles que são praticados nas cidades europeias, as imobiliárias portuguesas preveem que o segmento de luxo, no nosso país, continue a crescer em 2017. Tendo como principais clientes premium internacionais cidadãos brasileiros e franceses, mas também suecos, sul-americanos, sul-africanos e do Médio Oriente, são muitos os interessados em investir no imobiliário nacional. Tal como revelou a Agência Lusa, que consultou várias mediadoras, as diferentes imobiliárias obtiveram bons resultados no ano passado e estão otimistas para este ano. A Porta da Frente Christie’s, por exemplo, viu as receitas e transações aumentarem cerca de 25%. Já a JLL aumentou as vendas em 30%. A Predibisa, a operar no Porto, fechou o ano passado a crescer cerca de 40%, face a 2015. Já a Remax Colletion registou uma subida homóloga, de 28%, em transações e um crescimento de 38% na faturação – fez 1664 transações e registou um volume de negócios de 21.295.332 euros. No que diz respeito aos valores médios das vendas, estes variam entre os 585 mil euros (Remax), 700 mil euros (Porta da Frente Christie’s, que chegou a vender um imóvel por 16 milhões de euros) e 900 mil euros (Fine&Country, que fez uma transação no valor de 28 milhões de euros). Os preços por metro quadrado estão, atualmente, mais elevados, tendo já ultrapassado os níveis anteriores à crise financeira e podem oscilar entre os 3500 euros e os 6 mil euros por metro quadrado. Contudo, não se prevê uma escalada nos preços, uma vez que existem projetos que nivelam a oferta e a procura. É ainda de salientar o facto de, nos últimos três anos, a maior parte das vendas ter sido realizada sem recurso a crédito.

Um novo fôlegopt_27640472_ins

Diversos fatores contribuíram para que, em 2014, o setor imobiliário ganhasse um novo fôlego, nomeadamente o crescente interesse de compradores estrangeiros, impulsionado por programas governamentais como os Vistos Gold e o regime do Residente não Habitual; a projeção internacional do país; o forte aumento do turismo; e os preços abaixo da média europeia. Se se mantiver esta tendência, aliada ao crescimento do setor da construção, poderemos alcançar, nos próximos anos, valores muito interessantes no nosso país, bem como uma cada vez maior confiança por parte dos investidores estrangeiros.