GRAÇA FREITAS – A diretora-geral da Saúde tornou-se o alvo fácil da virulenta mediatização da crise pandémica covidiana que estamos a atravessar. Mas a verdade é que, para o bem ou para o mal, Graça Freitas, num intocável dever de exercício público dos seus deveres, sem filiações partidárias, sem salários principescos ou promessas aliciadas do setor privado, nunca virou o rosto aos desafios que lhe foram e continuam a ser exigidos e ao pesado fardo que sobre os seus ombros caiu.
Errou? Sem dúvida alguma que cometeu erros e sem dúvida alguma que cometerá mais. Quem não cometeu perante um exercício baseado no desconhecido? Mas o que é um facto é que nunca vacilou, mesmo tendo ela própria contraído a doença.
Graça Freitas será sempre lembrada como o rosto da Covid-19 em Portugal, bem como a sua estoica presença naquelas que se transformaram nas conferências de imprensa do nosso quotidiano.
A esperança é que este ano Graça Freitas se torne apenas essa boa memória e seja um rosto marcante numa esperança renovada. Quanto ao resto, a história se encarregará de fazer jus ao seu nome enquanto exemplo de uma servidora pública que esteve onde ninguém quereria estar.