RUI RIO – Para Rui Rio, 2021 vai ser o ano do tudo ou nada e será em outubro, mês de eleições autárquicas que o atual líder do Partido Social Democrata jogará o seu futuro. E jogará o seu futuro outra vez como se estes quatro anos passados não tivessem, de facto, existido. Rio vai voltar a ver a sua legitimidade como líder do PSD posta em causa, como aconteceu quando da sua parca e escassa vitória contra Montenegro para a liderança do partido. Recorde-se que Rio foi reeleito com 53,02% dos votos, derrotando o então ex-líder parlamentar, Luís Montenegro, que teve 46,98%. Expressiva ou não esta vitória, a verdade é que o PSD continuou amarrado ao estilo de liderança que conheceu nos últimos anos e longe continuam as suas palavras do seu atual líder quando, na altura, afirmou que o passo seguinte seria “ganhar o país”.
Mas, na verdade, hoje é entendimento generalizado no país que de todas as perguntas que ficaram ou continuam em aberto sobre a liderança política de Rui Rio, quer a nível interno, quer na sua relação com os socialistas e António Costa, o próximo veredicto já não dependerá destas respostas, mas apenas do resultado das próximas eleições autárquicas.
O deslace é claro: 2021 será outra vez um primeiro ou o talvez último ano de Rui Rio.