MILLENNIUM ESTORIL OPEN

APRESENTAÇÃO DA SÉTIMA EDIÇÃO QUE REGRESSA COM EDIÇÃO DE LUXO.

  • Quatro top 20 confirmados
  • Melhor cut-off de sempre (63º ATP)
  • Felix Auger-Aliassime e Sebastian Korda: futuro é agora
  • Diego Schwartzman: estreia em solo português
  • João Sousa: primeiro wild-card
  • Regresso de três campeões da prova
  • Estreia do sistema eletrónico de arbitragem Foxtenn
  • Reforço da cobertura televisiva e digital

A apresentação da sétima edição do Millennium Estoril Open foi hoje realizada e confirmou não só um torneio de luxo no plano desportivo, como também significativas novidades complementares. O arranque foi dado numa cerimónia no hotel Cascais Miragem dirigida por João Zilhão, diretor do torneio, e que contou com a participação de Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e Miguel Maya (presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp). Organizado pela 3LOVE, o maior evento tenístico nacional decorre entre 23 de abril e 1 de maio nas instalações do Clube de Ténis do Estoril.

Uma das grandes novidades prende-se com a estreia do inovador sistema de arbitragem eletrónica Foxtenn, mas o elenco afigura-se igualmente relevante — sobretudo tendo em conta as presenças de três top 15 do ranking do ATP Tour, com destaque para Felix Auger-Aliassime, Diego Schwartzman e de anteriores campeões como João Sousa (2018), Pablo Carreño-Busta (2017) e Albert Ramos-Viñolas (2021), entre outros nomes sonantes do ténis mundial. Richard Gasquet (2015) está inscrito mas fora da lista de entradas diretas.

“Vamos ter um grande torneio no regresso do público após dois anos. A nossa missão é fazer reviver o ambiente festivo que caraterizava o evento e não faltarão motivos para o entusiasmo dos aficionados que estarão no recinto ou que acompanharão os encontros nas várias plataformas multimédia à disposição”, refere João Zilhão. “Temos o melhor cut-off de sempre, temos quatro inscritos no top 20, temos participação portuguesa e ainda haverá a possibilidade de enriquecer o quadro mediante os dois wild-cards que ficam disponíveis. Mas, para além de todos os aliciantes desportivos ou paralelos, a principal estrela é o torneio em si e é sobretudo para integrarem a grande festa do ténis português que as pessoas vão até ao Clube de Ténis do Estoril. Como se prova pelas várias sessões que já estão perto de esgotar”.

ELENCO DIVERSIFICADO

O formato competitivo mantém-se: 19 jogadores com acesso direto via ranking, aos quais se juntam dois special exempts (raramente utilizados), quatro elementos oriundos do qualifying e mais três convidados (wild-cards) que completarão uma grelha na qual os quatro principais cabeças-de-série ficam isentos da ronda inaugural. O primeiro wild-card ficou oficialmente decidido hoje, sendo atribuído ao melhor tenista de todos os tempos e campeão da edição de 2018João Sousa. Os restantes dois convites só deverão ser conhecidos mais perto do sorteio do quadro principal, que terá lugar às 15 horas do dia 23 de abril, o sábado que dá início à fase de qualificação.

No seu conjunto, a lista de inscritos promete uma excelente combinação de estilos e gerações. É liderada pelo jovem canadiano Felix Auger-Aliassime (9º ATP), que teve um início de temporada retumbante. Depois de ganhar a ATP Cup em representação do Canadá, mostrou-se em grande forma no Open da Austrália e só sucumbiu diante do futuro finalista e número dois mundial Daniil Medvedev, num épico duelo de quase cinco horas — chegando mesmo a dispor de matchpoint naquele que foi considerado um dos melhores encontros do torneio. O triunfo no ATP 500 de Roterdão em fevereiro reconfirmou todas as expectativas geradas anteriormente no seu percurso enquanto júnior e nas suas primeiras aparições no circuito profissional ao mais alto nível.

Outro nome de monta é o de Diego Schwartzman; número um argentino dos últimos anos e ex-top 10, ocupa atualmente o 15º posto da hierarquia mundial e é um sério candidato ao título em solo português — atendendo à sua apetência por superfícies em terra batida e à forma evidenciada no recente mês de fevereiro: jogou duas finais (Buenos Aires, Rio de Janeiro) e uma meia-final (Córdoba) no pó de tijolo da gira sul-americana.

O britânico Cameron Norrie, 12º da hierarquia mundial e finalista do Millennium Estoril Open em 2021, regressa ao Clube de Ténis do Estoril com um novo estatuto: após ter passado muito perto do seu primeiro troféu do ATP Tour em Portugal (liderou por 3-1 no tie-break do último set), somou posteriormente três títulos em seis finais nas três diferentes superfícies de jogo — incluindo o do Masters 1000 de Indian Wells no passado mês de outubro e o de Delray Beach já na época em curso.

Entre os mais jovens, o principal destaque vai para o norte-americano Sebastian Korda (38º ATP) — filho do antigo campeão checo do Open da Austrália, Petr Korda, e da antiga top 30 mundial, Regina Rajchrtova, e irmão das campeãs de golfe Jessica Korda e Nelly Korda. Foi finalista do ATP NextGen Finals em 2021 e recentemente, no Masters 1000 de Indian Wells, esteve a liderar por 5-2 no terceiro set diante de Rafael Nadal antes de sucumbir no tie-break decisivo. Apesar da sua excelência nas superfícies mais rápidas, ganhou o primeiro título ATP da sua carreira ao triunfar na terra batida italiana do Emilia-Romagna Open, jogado em Parma no ano passado.

Na lista de entradas diretas estão representados 10 países de cinco continentes, sendo que os contingentes mais representados são o espanhol (quatro elementos), o norte-americano (três jogadores) e o francês (também com três).

A REVOLUCIONÁRIA NOVIDADE FOXTENN

A inclusão do sistema de arbitragem Foxtenn é uma das grandes novidades da edição deste ano do Millennium Estoril Open — e o evento português será mesmo o primeiro da época em curso no circuito profissional masculino e o quarto de sempre (após Rio de Janeiro, Bastad e Madrid em 2021) a utilizar o único sistema eletrónico de auxílio à arbitragem em courts de terra batida certificado pelas Comissões Técnicas do ATP Tour, WTA Tour, ITF e torneios do Grand Slam.

O sistema mais conhecido até agora, Hawk-Eye (Olho de Falcão), é baseado num conjunto de câmaras colocadas em pontos altos ao redor do campo a transmitir as imagens para um computador que recria a trajetória da bola e produz uma imagem digital do ponto onde previu o contacto da bola com o solo. Na terra batida, a irregularidade e mutação do piso impedem que, por vezes, as marcas corretas sejam encontradas (por sobreporem-se a outras já existentes ou tocarem nas linhas) e nem sempre a bola deixa uma marca bem desenhada, o que faz com que os sistemas utilizados em hardcourts ou na relva tenham a mesma precisão em terra batida. Já o sistema patenteado Foxtenn consegue oferecer uma precisão de 100% graças às 40 câmaras de ultra velocidade, que captam 3.000 imagens por segundo, sincronizadas com um conjunto de 10 lasers de última geração que varrem todo o court, mantendo o sistema em permanente calibração e garantindo uma margem de erro de 0%.

O conjunto de câmaras e lasers estão colocados ao nível do solo, ao redor do campo e na rede, permitindo assim dar uma imagem real do exato momento em que a bola toca no solo e com o máximo de clareza — e não projetada ou calculada, como acontece com os outros sistemas. O sistema Foxtenn tem ainda a capacidade de fornecer dados em tempo real, como a velocidade de deslocação do jogador, a velocidade da bola, ângulos, altura, ressalto, precisão e posicionamento do jogador.

 

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