JOSÉ PRACANA HOMENAGEADO

O COLISEU MICAELENSE, a maior casa de espetáculos da Região Autónoma dos Açores, localizado em Ponta Delgada, homenageou, nesta segunda-feira, José Pracana, um filho da terra e uma das figuras grandes da história do Fado..

O concerto, que decorreu tendo como pano de fundo o retiro de José Pracana em Ponta Delgada, foi apresentado por Júlio Isidro e contou com a participação especial dos fadistas João Braga, Katia Guerreiro, José da Câmara, Jorge Fernando, João Nunes, Lina Rodrigues, Arminda Alvernaz, Custódio Castelo, Dinis Raposo e Rafael Fraga. 1300 pessoas encheram o Coliseu Micaelense e aplaudiram a obra de José Pracana, num concerto repleto de emoção.

Para Cila Cimas, presidente do Coliseu Micaelense, “este foi um momento inesquecível. Por um lado, porque homenageámos o músico, intérprete, colecionador e investigador que é um filho da terra, por outro porque conseguimos reunir em Ponta Delgada um conjunto de fadistas incrível e que não haviam estado unidos num mesmo palco”.

Consensualmente reconhecido como uma das grandes figuras da história do Fado, José Pracana nasceu a 18 de março de 1946, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel. Assumindo-se como amador até ao final, tal estatuto nunca o impediu de acompanhar e de conviver com os grandes pilares da tradição fadista (de Amália Rodrigues a Maria Teresa de Noronha, de Alfredo Marceneiro a João Ferreira Rosa), de atuar em concertos nos grandes palcos do mundo, de dirigir projetos editoriais sobre o Fado, ou de nos ajudar a consolidar os nossos conhecimentos sobre esta tradição popular, tão profundamente enraizada na nossa sociedade.

A homenagem que o Coliseu Micaelense presta a José Pracana inclui uma exposição patente até dia 29 de novembro, e onde é possível ver o vastíssimo acervo pessoal de José Pracana: fotografias, jornais, discos, documentos, cartazes, instrumentos musicais, troféus e condecorações, bem como o visionamento de imagens de arquivo dos programas televisivos que dirigiu. A recriação do seu retiro em Ponta Delgada permite também a aproximação ao ambiente singular das tertúlias fadistas que ali promovia.

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