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25 DE ABRIL, 50 ANOS DE LIBERDADE NAS ESTRADAS PORTUGUESAS

No dia 25 de Abril de 1974, Portugal acordou para a democracia e a liberdade. A Revolução dos Cravos pôs fim a quase meio século de ditadura e abriu caminho a uma sociedade mais pluralista, aberta e, também, mais móvel. A liberdade conquistada nesse dia histórico não se traduziu apenas no voto ou no direito de livre expressão — chegou também às estradas e à forma como todos os portugueses passaram a poder circular pelo seu país.

Durante o Estado Novo, a mobilidade era limitada, sobretudo para quem vivia fora dos grandes centros urbanos. As estradas eram poucas e mal mantidas, os transportes públicos escassos, e a condução automóvel era um privilégio reservado maioritariamente aos homens — muitas mulheres necessitavam de autorização do marido para tirar a carta ou até para viajarem sozinhas.

Portugal em Movimento

A entrada na Comunidade Económica Europeia, em 1986, foi o ponto de partida para uma verdadeira revolução sobre rodas. As autoestradas ligaram Portugal de norte a sul e entre o interior e o litoral. Entre 1981 e 2009, o país viveu uma grande transformação nas acessibilidades, com um encurtamento dos tempos de viagem e uma maior equidade territorial. Cidades ficaram mais próximas e muitas regiões isoladas passaram a ter acesso facilitado aos serviços, à educação e à saúde.

Vias como a A1 e a A2 tornaram-se a espinha dorsal da mobilidade nacional, representando a coesão, o progresso e um evidente acréscimo de segurança rodoviária. A antiga IC1 — via com uma elevada sinistralidade — passou a ter uma alternativa na A2, solução que veio salvar vidas e ligar o Sul à capital de forma mais rápida e eficiente.

Tecnologicamente, a rede rodoviária nacional também se destacou por inovações como o sistema de Via Verde, pioneiro no pagamento automático das portagens e inteiramente desenvolvido em Portugal.

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