FLUVIÁRIO DE MORA

DSC05656PROTEGER A NATUREZA

Tendo como missão promover o conhecimento e a sensibilização para cuidar da água e da vida, o Fluviário de Mora está aberto há menos de uma década e atraiu já quase 75 mil visitantes a Mora.

Inaugurado em março de 2007, o Fluviário de Mora custou cerca de 7 milhões de euros, 50% assegurados pelos fundos comunitários, 50% pela Câmara Municipal, que é proprietária da infraestrutura. Hoje, este espaço que se localiza no Parque Ecológico do Gameiro, na freguesia de Cabeção, constitui o principal motor de desenvolvimento do concelho. Tendo como missão promover o conhecimento e a sensibilização para cuidar da água e da vida, o Fluviário de Mora assumiu cinco valências de foro científico e pedagógico, contempladas no projeto “Falas do Rio” – onde o programa pedagógico renovado anualmente propõe um conjunto de diversas atividades de natureza científica, cultural, lúdica e desportiva. O organismo associou-se também a diversos parceiros e criou o NIFM – Núcleo de Investigação do Fluviário de Mora – de forma a desempenhar um papel ativo na conservação.

Conservação das espécies: missão a cumprirDSCF1547

Eleito o Melhor Museu Português em 2008, o Fluviário de Mora participa em projetos de conservação do saramugo e da boga de Lisboa, espécies endémicas nacionais, e em 2010 começou a atribuir o Prémio Jovem Cientista, que distingue um estudante do ensino superior que publique um artigo sobre conservação e biodiversidade de recursos aquáticos continentais. Os impactos humanos nos rios portugueses são imensos: a poluição, a destruição de habitats, a construção de barreiras físicas (açudes e barragens), sem esquecer a introdução de espécies exóticas que competem com ou predam as espécies autóctones e que representarão hoje, provavelmente, a maior ameaça à fauna portuguesa. A riqueza de fauna e flora presente nos ecossistemas aquáticos, tanto de água doce como marinhos, é o reflexo evolutivo da capacidade de adaptação a vários habitats de características únicas. Em termos ambientais, os ecossistemas aquáticos funcionalmente intactos prestam serviços de grande valor, pois são responsáveis pela reciclagem de nutrientes, purificação da água e possuem um papel relevante relacionado com as alterações climáticas. O Fluviário de Mora assume a missão de dar a conhecer e valorizar esse valioso património. A colaboração do fluviário, e de outros parques zoológicos e aquários com agências de conservação nacionais e internacionais, com departamentos governamentais e com as comunidades locais pode resultar em soluções sustentáveis a longo prazo, pois encontra-se numa localização privilegiada, em plena Rede Natura 2000 – o sítio de Cabeção – para dar a conhecer e experienciar de forma íntegra os aspetos da conservação.

DSC06379Espaços distintos

O espaço, que acolhe 600 peixes de 70 espécies, além de várias lontras, é o único equipamento do género em Portugal, e quando abriu foi pioneiro na Europa e o terceiro a nível mundial. De forma a oferecer o melhor aos seus visitantes, o Fluviário de Mora disponibiliza um restaurante que proporciona refeições descontraídas e relaxantes, com vista para o aquário das pacíficas carpas gigantes e esturjões. Enquanto aprecia umas migas de espargos, por exemplo, poderá deleitar-se a contemplar os nenúfares, os lírios aquáticos, as tabúas e os graciosos movimentos dos peixes. É aconselhada a reserva prévia, de preferência com antecedência da data desejada.