ESTORIL OPEN

O GREGO STEFANOS TSITSIPAS conquista Estoril Open – A edição deste ano do Millennium Estoril Open que decorreu no Clube de Ténis do Estoril, entre 27 de abril e 5 de maio. Dois top 10, Kevin Anderson e Stefanos Tsitsipas; dois top 20: Fabio Fognini e Gael Monfils e top 3 do NextGen: Tsitsipas, De Minaur e Tiafoe. Numa final emocionante com o uruguaio Pablo Cueves de 6-3 e 7-6. Sucedeu ao português João Sousa (vencedor em 2018). Este jogador, de 20 anos, treinado por seu pai já em 2018 esteve no Open e havia sido afastado pelo João Sousa. Tsitsipas agradeceu a toda a organização e ao hotel Cascais Miragem que o acolheu e, nas suas palavras ““Sempre me senti bem em jogar em Portugal. É muito especial ganhar aqui o meu primeiro título em terra”. O sabor do sucesso é ainda melhor devido às memórias do atual número 9 do mundo. “Lembro-me de ver na televisão o Federer ganhar em 2008 (no antigo torneio) e sempre achei que este era um dos melhores torneios 250 do mundo em terra batida. Agora ganho o torneio, o que me deixa nostálgico e cheio de recordações”, ressalvou Tsitsipas, visivelmente feliz após a vitória sobre Palbo Cuevas.

Sobre o encontro, o grego foi bastante assertivo. “Sinto que posso melhorar e tornar estes jogos mais fáceis. Podia ter pago caro, já que o deixei regressar ao jogo. Comecei a pensar muito, a hesitar. Só pensava “e se ele faz o break? Não devia ter raciocinado tão negativamente, deixei-me afetar mentalmente e isso foi frustrante, sobretudo porque lhe dei pontos de borla e nunca se sabe o que podia ter acontecido no terceiro set. Mas ele é uma ‘velha raposa’, tem mais experiência que eu, sabe como elevar o nível. No fim, foi tudo decidido pelo mental, pela forma que mostrei apesar de ter sido quebrado”, salientou.

Como se explica que em duas edições Stefanos Tsitsipas tenha sempre feito tão bons resultados? A resposta está nas palavras da estrela de NextGen. “As condições são muito similares ao clube onde treinava na Grécia. A terra é seca e de ressalto alto. Além disso, a derrota cedo em Barcelona permitiu-me preparar bem este torneio e ajustar com o meu treinador o que podia melhorar”.

A conversa terminou com uma brincadeira do jogador grego, que também pode ser vista como gratidão ao nosso país: “sinto-me um filho adotado de Portugal. Quem sabe se um dia não venho viver para cá, ao pé do Cristiano Ronaldo”.