REFORÇO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA através da Inteligência Artificial para detetar novas doenças
As competências dos especialistas em saúde pública e os novos métodos para captar informação sobre novas doenças, como a inteligência artificial, estiveram em análise numa sessão de formação internacional organizada pela Direção-Geral da Saúde.
Esta sessão, integrada na SHARP – Joint Action (Strengthened Internacional Health Regulations and Preparedness in the EU), decorreu nos dias 6 e 7 de julho, e foi organizada com a colaboração da Finlândia, da Noruega e da Sérvia.
Durante as sessões, ficou evidente que o futuro vai obrigar a automatizar o que antes era feito de forma manual, utilizando de forma mais eficaz a inteligência artificial, por exemplo para identificar associações e tendências em diferentes bases. Associações entre dados clínicos, laboratoriais, epidemiológicos, comportamentais e ambientais poderão ser feitas de forma autónoma e a uma velocidade Impossível de atingir com sistemas manuais.
“Mesmo com a digitalização e a automatização de alguns sistemas, temos de ter recursos humanos que guiem a análise de dados e gestão de informação”, referiu Paula Vasconcelos, da coordenação do Centro de Emergências em Saúde Pública, da DGS.
André Peralta-Santos, Subdiretor-Geral da Saúde, destacou que a DGS está a integrar as lições identificadas durante a pandemia por COVID-19 para melhorar a preparação para uma próxima emergência. “Temos de reforçar a deteção precoce e os mecanismos de preparação e resposta, para responder a ameaças e proteger as nossas populações. Para isso ser possível, e como nos mostrou a COVID-19, a colaboração é essencial. Somos todos atores globais, atuando a nível local”.
Pedro Pinto Leite, Diretor de Serviços de Informação e Análise, acrescentou “Vamos aprender com a COVID-19 para moldar um futuro melhor! É hora de transformar lições em ação. A vigilância em saúde pública é fundamental para a preparação diante de futuras pandemias, pois permite a deteção precoce e a resposta rápida a doenças emergentes.”