CARLA VICENTE AUTORA DO LIVRO “Noção de Jogo-Consequências Jurídico-Práticas”. O Casino Estoril acolheu o lançamento do livro “Noção de Jogo-Consequências Jurídico-Práticas”, da autoria de Carla Vicente, Assessora Jurídica da Provedora de Justiça. Em cerimónia realizada na Galeria de Arte, a obra, editada pela GESTLEGAL, foi apresentada pela autora que convidou, ainda, um distinto painel de oradores a proferir uma opinião sobre o livro e, consequentemente, a refletir sobre uma série de relevantes assuntos que marcam atualidade do sector do jogo a nível nacional e internacional.
António Vieira Coelho, Administrador Executivo da Estoril Sol, que conduziu a apresentação da cerimónia, deu as boas-vindas aos presentes, congratulando-se por o Casino Estoril acolher o lançamento do livro. “Honra-nos muito e reflecte o percurso da Estoril Sol ao longo dos anos e, inclusive, o papel que irá desempenhar no futuro, uma vez que estamos a iniciar o período de uma nova concessão. Faz todo o sentido que este lançamento seja no Casino Estoril. O livro explica muito bem de uma forma perceptível, questões que são já temas de interesse mundial, formas de jogo inovadoras, e desperta-nos para noções sobre o que é o jogo, e novos problemas que pode acarretar, como os controlar, e os riscos para a adição. É um assunto que deve ser debatido, e nós estamos sempre prontos para o fazer de uma forma aberta, porque é assim que entendemos o jogo, como sendo uma actividade de entretenimento, controlado e com regras que devem ser legisladas e regulamentadas pelo estado”.
“E as empresas têm, cada vez mais, a obrigação de se preocupar com a protecção social e ambiental, pois, no futuro, serão diferenciadas não só pela qualidade dos seus produtos ou serviços, mas também pelas suas acções de responsabilidade social. É, aliás, um compromisso que a Estoril Sol tem tido ao longo dos anos e que continuará a desempenhar no futuro. Exemplo disso mesmo, é ter distinguido o Casino Estoril de todos os outros casinos da Europa, através de uma vertente cultural ímpar que privilegia as artes e o espectáculo. Contudo, esta necessária protecção social que no caso da Estoril Sol se reflecte por exemplo, no combate à adição ao jogo e em conciliar as áreas reservadas ao jogo com múltiplas iniciativas de âmbito cultural, merece que da parte do Estado haja uma adopção de medidas, nomeadamente, a nível de impostos, que protejam o esforço das empresas do sector”, conclui.
Por sua vez, Jorge Godinho, Professor da Universidade de Macau, enfatizou que a autora, devido às funções profissionais que exerce na Provedoria da Justiça, “tem uma perspectiva única que lha dá um angulo de visão muito particular e independente sobre a forma como analisa as questões do jogo e como elas operam na prática”.
Sobre a obra e o contexto em que ela se move, Jorge Godinho referiu: “temos aqui uma investigação a que a autora chama de noção de jogo, mas que eu chamaria de elementos essenciais dos contratos de jogo e suas tipologias e suas sub-tipologias. E isto é uma problemática que não é simplesmente introdutória, mas essencial para se compreender o alcance e os limites de um conjunto de regimes jurídicos de diversas tipologias de jogo”.