A presença humana no concelho de Proença-a-Nova remonta há pelo menos cinco mil anos, revelam os mais recentes trabalhos arqueológicos efetuados no âmbito do Campo Arqueológico 2015. Terminada a primeira quinzena de trabalho na Mamoa do Cabeço da Anta e Mamoa do Vale de Alvito, João Carlos Caninas, da Associação de Estudos do Alto Tejo, faz um balanço positivo: “estamos a investigar sítios que nos dão conhecimentos da forma como estas estruturas foram construídas e que são resultados inovadores quanto a processos de construção civil de há cinco mil anos que, neste momento, ainda não podemos revelar. De qualquer modo, estes trabalhos enriquecem o conhecimento sobre a antiguidade da presença humana neste território, que remonta pelo menos, e para já, a cinco ou seis mil anos atrás, mas estamos em busca de vestígios muito mais antigos, nomeadamente do Paleolítico”. João Carlos Caninas destaca ainda os métodos inovadores que estão a ser empregues no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova, por exemplo o registo digital de todos os registos de campo: “é um trabalho inovador que se deve a um engenheiro informático que é mestre em arqueologia, que nos fez o desafio de fazer a experiência e desenvolver esta ferramenta, e nós aceitámos imediatamente”.