DONA FÁTIMA

     

 

ÚNICO BRANCO DO MUNDO produzido a partir de uvas da quase extinta casta Jampal, o Dona Fátima 2021 chega agora ao mercado. Com assinatura do enólogo Ricardo Noronha, este vinho da Região de Lisboa traduz como nenhum outro o espírito da Manzwine e coloca no mapa a pequena e histórica vila de Cheleiros. 

Dona Fátima é claramente um vinho de paixão. A sua origem remonta a 2005, quando a família Manz se instalou na pacata vila de Cheleiros. Com foral de Dom Sancho I de 1195, a atual freguesia do concelho de Mafra foi perdendo importância e dimensão ao longo da história. A Manzwine veio alterar este percurso e colocar novamente no mapa a terra que é mencionada no Memorial do Convento de José Saramago. 

A singularidade do Dona Fátima continua assim em 2021, com nova edição a manter viva a quase extinta uva da casta Jampal. O mentor deste branco muito particular, André Manz, mantém a colaboração com o enólogo Ricardo Noronha. O resultado “é a continuação de um vinho extraordinário, que é também um claro exemplo da riqueza que Portugal tem em termos de património vitivinícola”. 

As várias edições do Dona Fátima lançadas desde 2010 têm encontrado uma enorme recetividade em Portugal e além fronteiras, com produções sistematicamente esgotadas. A qualidade e caraterísticas deste ícone da Região de Lisboa estão indissociáveis do facto deste ser o único vinho branco do mundo feito a partir de uvas da casta Jampal. Uma descoberta quase acidental que foi validada por investigadores do Instituto do Vinho e da Vinha. A casta Jampal terá sido abandonada devido ao elevado custo de produção e cuidados que a vinha requeria. 

A ligação a Cheleiros é assim ponto de partida e chegada. A presença da Manzwine é incontornável no centro histórico da vila, não só porque este é o local onde se situa a adega, mas também fruto da grande aposta na reabilitação do património local. A recuperação de vários edifícios, incluindo a antiga escola primária, é visível e convida a uma visita. Neste campo, destaque para o núcleo museológico onde um ancestral lagar mecânico nos transporta para uma viagem no tempo onde o vinho é rei e senhor. 

Casta: Jampal 

Região: Lisboa 

Enólogo: Ricardo Noronha 

Solo: Argiloso-Calcário 

Clima: Atlântico 

Cor: Cítrica 

Aroma: Frutado e floral. Conjuga nuances aromáticas de uma complexidade cativante. Destacam-se suaves notas de tosta, baunilha e coco. 

Palato: Bom corpo e acidez firme, onde a untuosidade forma um conjunto muito fresco, persistente e envolvente. 

Vinificação: Após um desgaste total e processo pelicular de maceração pré-fermentativa, o néctar fermenta em barricas de inox de pequeno volume com controlo de temperatura. Estagia depois em barricas de carvalho francês sendo alvo de “bâtonnage”. 

 

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