CONHECIDA PELA FILOSOFIA de design Kodo, pelas carroçarias pintadas num apaixonante tom de Soul Red, mas também pelas motorizações a gasolina menos convencionais, a Mazda rompe com grande parte das suas tradições ao apresentar o seu primeiro modelo totalmente alimentado por eletricidade. Ainda assim, o novo MX-30 mostra que é um verdadeiro Mazda assim que nos sentamos ao volante. Todos os comandos destinados à condução estão precisamente no sítio onde devem estar e a dinâmica é apurada e envolvente. O nível de acabamentos é cuidado e está bem construído, havendo mesmo materiais mais sustentáveis como a cortiça que cobre a consola central e alguns elementos nas portas. O desenho da carroçaria a atirar para o lado do coupé, tem uma altura de SUV e um visual mais desportivo, tanto na frente como na traseira, com elementos óticos bem desenhados. E a abertura das quatro portas com as traseiras a abrir num sentido diferente também são uma solução original e que melhora o acesso ao habitáculo. Mas, em contrapartida, é também aqui que o MX-30 nos começa a deixar mais tristes e desiludidos com as suas virtudes. A abertura das portas traseiras facilita realmente o acesso aos lugares traseiros. O problema é o que espaço disponível na fila de trás é muito limitado e com um desenho um pouco claustrofóbico, até. Mesmo os mais pequenos acabam por se queixar do espaço disponível. E depois, o sistema elétrico, bastante competente e até divertido de conduzir, mas com uns muito limitados 200 quilómetros de autonomia. É perfeito para as deslocações diárias, mas mais limitado quando queremos sair de casa e viajar um pouco.