Lexus RX

UM SUV MUITO ICÓNICO. A Lexus acaba de apresentar a nova geração do seu SUV topo de gama, o RX, com argumentos que vão certamente transportar este modelo para um futuro mais próximo, mas inteiramente no seguimento da metodologia que tem seguido até agora, ainda que com algumas novidades. 

 Convém relembrar um pouco da história deste modelo. Há diversos anos, a Lexus descobriu a necessidade de combinar dois importantes formatos num único modelo, adicionando o lado mais luxuoso que é tão característico da marca. E assim, no final do milénio passado, da junção do conforto de um modelo mais familiar e de imagem premium, com as vantagens de um SUV, que já era tão desejado em mercados tão importantes como o da América do Norte, nasceu a primeira geração do Lexus RX, num momento em que a marca ainda estava longe de imaginar o sucesso que este modelo iria ter. 

Só a primeira geração do Lexus RX viu serem comercializadas mais de 400 mil unidades, fazendo com que este modelo se tornasse rapidamente no modelo mais bem-sucedido da marca. Um título que ainda hoje mantém. Apenas dois anos mais tarde, com a introdução da segunda geração, chegou também o novo conceito de eletrificação, que fez com que o Lexus RX fosse o primeiro SUV equipado com um sistema híbrido. Duas décadas depois, a marca nipónica continua a elevar a fasquia, e chega então o momento de conhecermos a quinta geração do Lexus RX. 

Completamente reinventado 

Trata-se de um modelo totalmente novo, criado de raiz, e que obrigou mesmo a alguns ajustes na plataforma global da marca, com o objetivo de reduzir o peso, baixar o centro de gravidade e fazer com que esta geração do RX fosse, essencialmente, muito mais divertida e cativante de conduzir. Para isso, a suspensão traseira tem agora uma configuração multilink e todo o conjunto foi também reforçado para que a sua rigidez fosse muito mais elevada. Mas tudo isto sem que fosse alterado um dos traços mais característicos da marca, que é o silêncio e o conforto que se sentem no habitáculo. 

A bordo do novo RX, para além dos mais variados acabamentos e materiais que estão claramente num patamar bastante elevado, um dos maiores destaques é o monitor central tátil, com uma dimensão de 14 polegadas. É através dele que temos acesso à grande maioria dos sistemas do RX, incluindo os comandos do ar condicionado, sendo que os rotativos estão integrados no conjunto, e consegue que a indicação da temperatura fique no seu interior, mas ainda na área oferecida pelo mesmo monitor. Além deste, também o painel de instrumentos é totalmente digital, mas com um grafismo que não rompe totalmente com a imagem a que estamos mais habituados de outros modelos da marca e que continua a ser brilhantemente construída pelos melhores artesãos Takumi. 

Do ponto de vista estilístico, a quinta geração do Lexus RX conta com um visual bem mais desportivo. Não só o conjunto está numa altura inferior, o que lhe confere um visual mais musculado, como inclui um novo desenho em alguns dos seus elementos mais característicos, como a grelha dianteira, por exemplo. Esta inclui agora traços que já conhecemos, mas que a ligam a uma imagem mais moderna e até próxima de detalhes como os que foram apresentados com o novo SUV totalmente elétrico da marca, o RZ, sendo que, de alguma maneira, tudo contribui para um visual mais dinâmico. E na secção traseira, o desenho dos mais variados elementos também adota a imagem das opções mais recentes da Lexus, com as letras a substituírem o logo da Lexus ao centro e com a faixa em LED a cobrir toda a largura do portão da bagageira, unindo os dois grupos óticos principais. 

 

Motorizações disponíveis 

No capítulo das motorizações, o novo Lexus RX conta com quatro opções. A base da gama inclui uma nova motorização a gasolina com 2,4 litros de capacidade e que inclui um turbocompressor para fazer com que a potência máxima chegue aos 275 cv, que por não ser das mais procuradas deste lado do oceano, é natural que não fique disponível no mercado nacional. Depois disso, surgem as versões eletrificadas, que usam um motor de 2,5 litros a gasolina como base, mas que fazem parte de um sistema híbrido com duas configurações: um mais convencional, que carrega a bateria do sistema com as desacelerações e travagens ou mesmo com a ajuda do motor térmico, e um outro, que adiciona um sistema com mais capacidade e com a possibilidade de se carregar através da rede, ou seja, um híbrido e um híbrido plug-in. Este último já oferece uma autonomia em modo puramente elétrico em torno dos 65 quilómetros. 

Para o final, no entanto, a Lexus deixou uma surpresa. Uma vez que esta geração do Lexus RX está mais focada no prazer de condução e que as opções híbridas já são um dos seus principais cartões de visita há algumas décadas, a marca nipónica optou por criar uma versão topo de gama, que combinasse tudo isto da melhor forma possível. E assim, nasce o Lexus RX 500h F Sport Performance, uma versão do maior SUV da marca, de visual mais desportivo graças à imagem das versões F Sport, mas que também está equipada com um sistema híbrido de prestações melhoradas. Esta configuração combina o novo motor turbo de 2,4 litros a gasolina com um sistema elétrico composto por duas motorizações elétricas. Em conjunto, consegue oferecer 367 cv de potência e um binário mais elevado do que o superdesportivo LFA. 

Com esta versão, a passagem de potência para as rodas é feita através de um sistema muito semelhante ao apresentado com o Lexus RZ totalmente elétrico, ou seja, graças à presença de um motor elétrico em cada eixo, além do motor térmico, o Lexus RX consegue ter tração dianteira, traseira, ou nas quatro rodas, consoante o que fornecessário, sendo que todas são direcionais também com o objetivo de melhorar a experiência de condução. E com a ajuda de uma caixa automática de seis relações, que, finalmente, substituiu a opção de variação contínua, todos estes elementos contribuem para melhorar a sua tração nos mais variados ambientes em que for conduzido e, mais uma vez, conseguindo um prazer de condução muito mais elevado do que qualquer um dos seus antecessores.

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