SE OLHARMOS UM POUCO para a história da marca, não é difícil perceber que a Honda pode demorar um pouco mais a adotar uma nova tecnologia na sua oferta, mas que quando o faz, fá-lo com patentes e ideias próprias, numa abordagem mais ajustada às caraterísticas deste fabricante. O novo Honda-e é precisamente isso. Trata-se do primeiro automóvel elétrico da Honda e da interpretação da marca nipónica para este novo mundo de eletrificação. O habitáculo tem uma imagem moderna e bastante tecnológica. O enorme painel de instrumentos digital prolonga-se por quase todo o tablier e um dos elementos de maior destaque são os monitores destinados a mostrar as imagens captadas pelas camaras que substituem os espelhos retrovisores exteriores. A lotação é apenas de quatro pessoas, uma das formas da marca garantir um peso reduzido ligeiramente acima dos 1500 quilos. O facto de o Honda e ter sido pensado para circular apenas em cidade faz com que o seu tamanho seja bastante compacto, com um comprimento que não chega aos quatro metros. O motor escolhido para este modelo conta com dois patamares de potência (136 e 154 cavalos), variando apenas o tempo que demora a alcançar os 100 km/h. A velocidade máxima é de 145 km/h e a autonomia, infelizmente, anda pelos 222 quilómetros ou pelos 210, consoante a versão. Em Portugal, estão disponíveis duas versões do novo Honda e, a base e a Advance, variando apenas na quantidade de equipamento de série que incluem e na motorização mais potente, por uma diferença que ronda os 1.500 euros.