AO CONTRÁRIO DA FEBRE QUE atingiu o mundo automóvel nos últimos anos, ditando que todos os modelos têm de ser eletrificados, a verdade é que ainda há marcas que incluem motorizações diesel no seu catálogo, capaz de emissões poluentes comedidas, médias de consumo ainda mais comedidas e uma autonomia que nem sequer nos faz pensar nesse tema. E no caso do novo BMW Série 2 Coupé, ainda o conseguem fazer num modelo de desenho bastante moderno, que mistura o arrojo com a elegância, e que nos sabe muito bem conduzir.
Lá na frente, o tradicional bloco diesel de dois litros é mais que conhecido no mercado, por já ter equipado milhares de automóveis, surgindo aqui numa versão de 190 cavalos e 400Nm de binário, que precisa de menos de cinco litros para percorrer cerca de 100 quilómetros. E com um depósito de 50 litros daquele que agora até é o combustível mais caro de todos, mesmo assim, ficamos com autorização para percorrer uma distância com um número de quatro algarismos sem ter de parar para abastecer.
Por outro lado, a dinâmica do Série 2, tem momentos em que faz com que não nos apeteça adotar um modo de condução bem comportado e sereno, optando pela estrada da serra em vez dos quilómetros de autoestrada. Nesse caso, a média não será tão comedida, mas mesmo assim, quando o motor precisar de combustível, não é preciso ir à procura de um ponto de carga na navegação, basta continuar a andar e ir olhando para os lados. E enquanto os quilómetros passam, o chassis do Série 2, a disponibilidade de potência, a precisão da direção e outros elementos, vão contribuindo para que o sorriso vá aumentando de curva para curva.