REDES SOCIAIS UM RISCO CHEIO DE POTENCIAL
Milhões e milhões de pessoas em todo o mundo estão viciadas nas redes sociais. Twitter, Facebook, MySpace ou Hi5 são os novos melhores amigos de quem se quer socializar e mostrar-se ao mundo. Mas o número cada vez maior de jovens e crianças nestas redes aumenta os seus perigos e faz disparar os sinais de alerta.
São práticas, cheias de potenciais de conhecimento, quer profissional quer pessoal, cómodas, mas também muito, muito perigosas. As redes sociais são a última grande moda do mundo virtual, com páginas como o Facebook, o Twitter, o MySpace ou o Hi5 a ganharem a cada dia que passa mais milhões de adeptos. Elas permitem travar conhecimentos virtuais, reencontrar amigos e familiares que não víamos há muito, fazer publicidade a marcas e eventos, contactar com pessoas que estão fisicamente longe, partilhar perfis pessoais e profissionais, arranjar emprego, participar em fóruns de debate sobre os mais variados temas. Mas com tanta exposição virtual, os perigos à espreita são também muito variados, sobretudo para os jovens e para as crianças que estão cada vez mais associadas a este mundo. Eles partilham vídeos e fotografias pessoais, permitem o contacto com estranhos e revelam, muitas vezes, informações sobre as suas famílias e sobre a sua vida, desde o número de telefone à morada da residência, expondo-se assim a um leque enorme de perigos. Tratando-se de páginas em que o contacto físico não existe, a possibilidade de qualquer pessoa criar um personagem que nada tem a ver com a sua realidade é enorme, dando lugar a que todo o tipo de criminosos se ligue a estas redes para praticar os seus crimes, desde aqueles de carácter financeiro aos mais preocupantes… os sexuais.
Perfis detalhados potenciam os assaltos e abusos sexuais
Recentemente, a seguradora Legal & General alertou os seus clientes, a partir dos dados de um estudo, para um novo método de actuação de assaltantes: percebendo que basta ser aceite pelas pessoas no Twitter ou no Facebook como “amigos” para que consigam descobrir se vão ou não estar em casa no fim-de-semana prolongado, se estão longe do país ou não, se têm em casa tecnologia avançada ou se têm um nível de vida que torne os roubos atractivos. Cerca de 38% das pessoas que usam redes sociais publicam informações detalhadas sobre os planos para o feriado e 33% dão informações acerca dos seus hábitos de fim-de-semana, designadamente se vão passá-lo fora de casa, revelava o estudo. Mas o que verdadeiramente preocupa a Polícia Judiciária são os sequestros com abusos sexuais, ligados à Internet, que atingem sobretudo as raparigas entre os 12 e os 15 anos. Em 2009, a PJ recebeu alertas para mais de 3 mil desaparecimentos e o risco associado às redes sociais está no topo da lista. Elas partilham fotografias, muitas vezes de cariz sexual, em poses de estrela, de biquíni e sem o mínimo de preocupação sobre quem possa estar a ver. A verificação das identidades de quem as está a adicionar na rede é muitas vezes esquecida e a grande parte aceita praticamente todos os pedidos que lhe são feitos, expondo assim as suas vidas ao conhecimento de estranhos. (…)