Fim do mundo ou começo de uma nova era? De uma forma ou de outra, tudo indica que nada será igual a partir de 2012. A crise está para ficar e a austeridade voltará a ser a palavra de ordem. Resta saber quem resistirá…
2012: a Wikipédia diz-nos que é um ano sobre o qual existem muitas crenças populares. A ideia de transformação está associada a todas elas. Dizem que é o fim do mundo ou o início de uma catástrofe, mas aquela que mais nos faz pensar será talvez a que nos diz que “o planeta e os seus habitantes podem sofrer uma transformação positiva física ou espiritual e que 2012 pode marcar o início de uma nova era”. Se essa transformação é de facto positiva, não sabemos, mas que, ao que tudo indica, ela irá acontecer, já poucos têm dúvidas. A nova era parece ser uma realidade cada vez mais assustadora e 2012 promete trazer-nos respostas das quais não sabemos ainda sequer quais são as perguntas. Em Portugal, a transformação começa já a perspectivar-se em 2011. Olhar para o Orçamento do Estado para 2012 é o mesmo que ler numa bola de cristal e perceber que o que aí vem é duro, muito duro. A vida vai mesmo mudar e, infelizmente, nada indica que no novo ano seja para melhor. O dinheiro no bolso será cada vez mais escasso e difícil de conseguir. Emprego será um tema sobre o qual nem se vai querer ouvir falar, tal será o número de pessoas que não o terá. E para juntar a tudo isto, a Europa continuará a enfrentar a maior crise da sua história e ninguém pode garantir que será bem sucedida a sair dela, o que significa que nem a ajuda desta potência em que nos incluímos será suficiente para acalmar a mente dos portugueses. Os funcionários públicos e os pensionistas vão chegar ao final do ano com menos dois salários na conta bancária: o subsídio de férias e o subsídio de Natal. Vamos todos trabalhar mais dias, uma vez que o número de feriados vai ser reduzido e as pontes eliminadas sempre que possível. Além disso, o horário de trabalho vai crescer mais meia hora por dia. Os impostos vão subir, nomeadamente o IVA em alguns produtos. (…)