INDÚSTRIA DA CORTIÇA

UMA CASCA QUE CHEIRA A INOVAÇÃO

A cortiça está a ganhar uma nova dimensão de negócio em Portugal, líder mundial nesta indústria. As empresas apostam na inovação e na exclusividade para terem sucesso num mercado que cheira a tradição.

 

Cortiça ou casca do sobreiro, uma árvore nobre disposta em mais de 720 mil hectares de montado de sobro em Portugal. Um produto que ganhou uma nova dimensão e agarrou novas áreas de negócio. Um material que permite inovação exclusiva e design ultramoderno. Uma indústria corticeira de grande importância económica num país sedento de novas ideias para gerar crescimento. Cem por cento natural, reciclável e biodegradável, a cortiça é um produto ótimo para os novos tempos, em que a sustentabilidade está tão presente na economia. Além disso, as suas qualidades únicas de tecido leve, impermeável, elastica e excelente isolante térmico ou acústico dão-lhe armas para vencer em mercados competitivos.

 

Alma Gémea

Pelas suas características, a cortiça tem sido alvo de novas áreas de negócio associadas sempre à exclusividade. É o caso do novo projeto Alma Gémea, resultado de uma parceria entre a Amorim Cork Composites e a Matceramica, duas empresas de referência em Portugal. A primeira transforma cortiça, a segunda produz cerâmica utilitária. E em que é que as duas se juntam? Para começar, no facto de trabalharem com dois materiais de forte tradição em Portugal e, depois, trabalham ambas no setor casa. Aliando as duas experiências, surgiu uma coleção de produtos que associam a cor da faiança à textura da cortiça, dirigidos a quatro áreas de ação: mesa, pequeno-almoço, cozinha e decorativo. Para a mesa, o designer Gonçalo Martins pensou numa linha que respondesse a uma crescente percentage da população que consome “TV Food”. Surgiu então a Cor-K, uma linha de “colo”, para “apreciarmos a nossa refeição enquanto vemos o nosso programa favorito”, explica. (…)