Demonstrando a excelência do produto português, o setor do calçado, em Portugal, tem apresentado resultados inolvidáveis. O que importa aqui é continuar a inovar para alcançar cada vez mais mercados.
Quando Portugal entrou na CEE, poucos acreditavam que uma indústria obsoleta, situada em zonas semirrurais e gerida por empresários com a 4.ª classe, fosse capaz de sobreviver às provas da modernização. Hoje, mais de 25 anos depois, o calçado português está no topo da técnica, consegue produzir moda de vanguarda, disputa com a Itália a liderança dos preços mundiais e exporta milhões de pares de sapatos por ano. Tecnologia, design e inovação são a trilogia que deu origem a um calçado sofisticado e de grande qualidade, capaz de responder aos mais elevados padrões de consumo. O setor apostou na modernização tecnológica e na promoção internacional, fazendo da marca “Portuguese Shoes: Designed by the Future”, a sua bandeira nos mercados externos. Portugal exporta, maioritariamente, calçado de couro e compete nos mercados internacionais com qualidade, design e inovação.
Em 25 anos, um grupo de empresários de origem rural ou provenientes de lugares onde a indústria servia para subsistir foi capaz de triunfar numa indústria dominada pelo cosmopolitismo, pelo design, pela moda, pela elegância e pela ostentação. Estes gestores tiveram a ousadia de enfrentar chineses, italianos ou romenos, e venceram a batalha. Hoje, o calçado português passa pelos pés de Barack e Michelle Obama, Shakira, Paris Hilton, Penélope Cruz, Cameron Diaz ou Letizia Ortiz. Todos os anos as indústrias, principalmente concentradas em Felgueiras e São João da Madeira, exportam mais de 71 milhões de pares de sapatos para todo o mundo. Há cerca de 10 anos, o volume de vendas rondava os 90 milhões de pares, mas, ao contrário do que se possa pensar, esse recuo no volume significou um enorme salto no preço dos sapatos. É que hoje os empresários nacionais conseguem colocar lá fora as suas criações a um preço médio de 25 euros por par, o segundo preço mais alto do mundo, logo depois da Itália. Esta conquista da modernidade tecnológica, do design, da moda e da qualidade rendeu no ano passado um novo máximo histórico, ultrapassando os 1850 milhões de euros e reforçando o estatuto do setor enquanto principal contribuinte para a balança comercial portuguesa. Desde 2010, as exportações do calçado já aumentaram mais de 40%, e no futuro o objetivo é assegurar a continuação do crescimento sustentado do setor. Para isso contribuiu também a participação de 86 empresas portuguesas na MICAM (a principal feira mundial do setor, que decorreu em Milão), responsáveis por mais de uma centena de marcas, cerca de 7 mil postos de trabalho e 500 milhões de euros de exportações. A presença lusa no certame teve como propósito central aumentar a presença portuguesa nos mercados europeus tradicionais (Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e Itália), marcando, em simultâneo, posição em nações com elevado potencial de crescimento (Rússia, EUA, China e países árabes). São várias as empresas que surgem em Portugal e que apostam cada vez mais em calçado de luxo e com muito design, como a RQ by Rachel. Os sapatos da RQ by Rachel são pessoais mas muito familiares, para usar com abuso e sem suspeitas. É um tipo de calçado dedicado a todas gerações.