OFICINA DO LIVRO
AVI LOEB – “Extraterrestres – O Primeiro Sinal de Vida Inteligente Além Terra”, do conceituado astrónomo norte-americano, colaborador durante décadas de Stephen Hawking, Avi Loeb. Neste “bestseller” mundial, o professor de Harvard argumenta que a melhor e mais simples explicação para as características extremamente incomuns de um objeto interestelar que passou por nosso Sistema Solar em 2017 é que era tecnologia alienígena, ou seja, uma nave espacial.
“Pensar que somos únicos, especiais e privilegiados é arrogante”, diz, quem acredita, sem nenhuma dúvida, em vida extraterrestre. O objeto, com a forma de um charuto, foi batizado com o nome “Oumuamua”, que significa “mensageiro” em havaiano, e foi detetado a 19 de outubro pelo telescópio Pan-STARRS1, no Havai. Tinha 400 metros de comprimento.
“Não somos especiais, existem, por certo, muitas outras culturas por aí e só temos de encontrá-las”, afirmou já Loeb, de 58 anos, que está a promover um novo ramo da astronomia, a “arqueologia espacial”, para investigar sinais biológicos e tecnológicos de vida extraterrestre. Neste livro expõe a suas teorias sobre o objecto e descreve as suas implicações profundas para a ciência, para a religião e para o futuro da nossa espécie e do nosso planeta. Faz assim uma viagem através dos limites da ciência, do espaço-tempo e da imaginação humana.
Avi (Abraham) Loeb tem 30 anos de ensino na chamada Ivy League – grupo de universidades privadas de excelência – e publicou centenas de artigos sobre astronomia, principalmente sobre a essência dos buracos negros ou as primeiras galáxias. Foi sempre reconhecido pelos seus pares. O famoso físico Stephen Hawking jantou em sua casa. O realizador Steven Spielberg já lhe pediu conselhos para um filme. Avi Loeb está neste momento a desenhar uma nave espacial interestelar a pedido do milionário russo Uri Milner – o orçamento para a investigação é de 100 milhões de dólares (cerca de 87,6 milhões de euros).Há cinco empresas cinematográficas na corrida para fazer um filme sobre a vida deste conceituado astrónomo que se tornou um entusiasta de ET. Que foi diretor do departamento de Astronomia de Harvard, diretor do Instituto de Teoria da Computação do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Em 2012, a revista Time destacou-o como uma das 25 pessoas mais influentes na área da ciência e da investigação.
E que não parece estar preocupado com o que pensam dele ou que contrariem as suas certezas: “Muitos esperavam que me retractasse. Se alguém me mostrar provas do contrário, alterarei as minhas posições. O pior que me pode acontecer é que despeçam, o que me daria mais tempo para me concentrar na ciência que gosto de investigar”, disse, recentemente, ao jornal The Washington Post”.