A Tailândia é sem dúvida um destino para viver todos os seus sonhos. Deixe-se levar pelo fascínio da cultura, pelas praias paradisíacas, pela riqueza dos sabores orientais da típica gastronomia e pela simpatia e hospitalidade cativantes do povo tailandês. Este é o verdadeiro país dos sorrisos e um destino de experiências inesquecíveis.
Podíamos negociar o preço com o condutor de tuk-tuk que também serve de guia pela cidade de Banguecoque, mas preferimos mesmo o Rolls-Royce do Hotel Peninsula para passear pela Cidade dos Anjos e visitar o que de melhor tem para nos oferecer. Desfrutar de um jantar com requinte e história seria um excelente começo para nos sentirmos integrados na hospitalidade local. Assim, tomámos a direção do Mandarin Oriental, o primeiro hotel a ser construído na Tailândia, em 1879. No seu restaurante, o Sala Rim Naam, pudemos saborear a autêntica cozinha tailandesa – com a assinatura do chef Vichit Mukura – enquanto assistimos a um show de dança tradicional, cujas bailarinas impressionam pela delicadeza e fineza dos figurinos cheios de detalhes, realmente fascinantes! Provar pratos como camarão frito com alho e molho de pimenta vermelha, ou frango cozido no vapor e bolinhos de amendoim, foi, sem dúvida, um apelo para todos os sentidos. Mas o que não falta em Banguecoque é entretenimento para passar umas horas divertidas. O espetáculo Siam Niramit percorre a história e cultura das várias regiões da Tailândia, com música e danças tradicionais. Tem lugar num dos maiores palcos do mundo e apresenta mais de 100 artistas e uma cenografia rica. Efeitos especiais e tecnologia avançada contribuem para uma experiência muito real. Depois da febre dos bares on the roof, em que o Vertigo e o Sirocco foram verdadeiras referências, apesar dos preços proibitivos, optámos pelo mais in do momento, o Zoom Sky Bar & Restaurant, no hotel Anantara Bangkok Sathorn. Com reserva, não se espera nem um minuto, sem reserva, nem vale a pena arriscar. Neste recanto do céu, um terraço situado no 40.º andar, a música é audível, o serviço é perfeito e os frequentadores são a prova do melting pot tão característico da cidade. A vista de 360º é absolutamente deslumbrante. Com uma brisa serena e temperatura amena, estavam reunidos os requisitos para uma noite inesquecível. Um novo dia, e começámos por explorar comodamente, de barco, a Veneza do Oriente através dos seus canais. Observámos a população, que utiliza o rio não apenas para se deslocar, mas também para morar e para comercializar as suas mercadorias. Os templos surgem por todo o lado. Passámos pelo Wat Arun, ou Templo do Amanhecer, situado na margem oeste do rio Chao Phraya. O seu pagode central, coberto de conchas e pedaços de porcelanas da China, mede cerca de 80 metros de altura e simboliza o monte Meru, centro do universo. As duas estátuas da entrada, personagens de lendas hindus, reforçam a segurança do templo. Um dos locais sagrados mais importantes é o Wat Phra Kaeo, ou Templo do Buda Esmeralda, a principal figura de culto religioso do país. Fica situado no complexo do Grande Palácio, na cidade antiga conhecida por Rattanakosin, que reúne palácios e templos, entre os quais uma réplica do Angkor Wat. Não muito longe fica o Wat Pho, onde está o famoso Buda Reclinado, com 43 metros de comprimento e 15 de altura, o maior e o mais antigo de Banguecoque. Uma visita incontornável é a casa-museu de Jim Thompson. Este americano, já falecido, dedicou-se a fazer da seda tailandesa uma das mais famosas no mundo. Neste oásis de árvores e frescura, bem no meio da cidade, pode-se adquirir qualquer artigo de bom gosto da marca com o nome do fundador. Depois de calcorrear a cidade, entregámo-nos ao prazer de uma foot massage, que nos ofereceu a surpreendente sensação de ganharmos asas…
Uma cidade torna-se mais inesquecível quando escolhemos um bom hotel, e Banguecoque reúne a nata da hotelaria de luxo. O Siam Kempinski Hotel está entre os mais concorridos. Tem mais de 400 peças de arte e, como diz o diretor-geral, Alejandro Bernabe, “não é um hotel, mas sim um hotel-museu”. Localizado mesmo ao lado do shopping Siam Paragon, tem um dos 50 melhores restaurantes da Ásia, o famoso Sra Bua by Kiin Kiin, onde pudemos desfrutar de um almoço memorável na companhia da nossa anfitriã, Yanisa Ratanakosit. O Oriental Residences dá a conhecer a nova filosofia do grupo. Com 145 apartamentos de excelência, completamente equipados e personalizados para quem deseja instalar-se com a família, aqui é possível combinar detalhes nostálgicos com toques de modernidade. O Sofitel So, construído com base em cinco elementos – água, terra, madeira, metal e fogo –, apostou nesta mesma temática para decorar os 237 quartos e suítes de luxo. A nossa preferência recai no 2604, uma suíte de esquina com uma vista deslumbrante que não se esquece tão cedo. A unidade tem uma piscina de borda infinita, que nos dá a sensação de nadar no ar, bem acima das ruas da cidade movimentada. Aqui, o difícil foi movermo-nos o resto do dia… só mesmo obrigados.
No centro de Banguecoque, o verdadeiro apelo consumista palpita em Siam Square. Centros comerciais gigantescos, como o MBK, World Trade Center, Gaysorn, Siam Center ou Siam Paragon, estão a meio caminho de armazéns grossistas onde se compra tudo às dúzias, por muito poucos euros. Bye Bye Patpong, o mais conhecido de todos, está em queda total, já que agora todos os caminhos vão dar ao mercado Asiatique The Riverfront. Ali, onde as compras se fazem ao ar livre, encontrámos de tudo e para todos os gostos: decoração, restaurantes, lembranças, moda, restauração, spa. Um local jovial, divertido, que revela uma miscelânea exótica de estilos e influências.
Khao Lak, na província de Phang Nga, no Sul, é uma cidade tranquila que dependente da indústria do turismo. Se, por um lado, o Sul da Tailândia possui centenas de quilómetros de litoral de praias de areia branca e mar de águas cristalinas, por outro, Khao Lak oferece-nos alguns dos mais belos parques naturais do mundo, onde existem ecossistemas únicos, acessíveis através de trilhos no meio da vegetação. As lagoas naturais de águas quentes são outro dos ex-líbris da região. Os mergulhos no mar de Andaman – que está entre os principais 10 destinos de mergulho do mundo – proporcionam uma experiência única. No fundo da água azul-turquesa descobrimos fascinantes bancos de corais, por onde cardumes coloridos passeiam inevitavelmente.
Inserido à beira-mar no meio de uma beleza indescritível, o JW Marriott Khao Lak conta com uma excelente e variada cozinha apresentada por vários restaurantes. Os quartos, com três estilos diferentes, são simplesmente completos. O nosso era o 4014, uma suíte ao estilo tailandês, de frente para a mais longa piscina do Sudeste Asiático. A visita ao Quan Spa, um dos tesouros do JW Marriott Khao Lak, foi realmente especial. O nosso agradecimento à Nana Rattana. Outra unidade de topo é The Sarojin. Roland Svensson, o novo diretor, tem por desafio elevar o padrão da filosofia de Lady Sarojin: ”hospitalidade extraordinária com a mesma atenção aos detalhes e um serviço personalizado de luxo”. Esta é realmente uma máxima deste boutique hotel, onde o sonho é tornado realidade. Adorámos o pormenor de o pequeno-almoço poder ser tomado a qualquer hora do dia. A Tailândia renova-se a todo o momento e voltar a este destino é sempre um prazer, pois descobrimos constantemente novas paisagens, novos hotéis, lugares mágicos que nos marcam e que não se apagam nunca da nossa memória.