POUSADAS DE PORTUGAL 70 ANOS DE HISTÓRIA
Susana Cunha é atualmente a diretora de Zona das Pousadas de Portugal. A responsável por oito unidades do Norte e Centro de Portugal tem por objetivo deixar a “sua marca”, ou seja garantir que as pousadas oferecem um serviço “muito familiar e personalizado”. Para o Natal e Passagem de Ano, todas as unidades contam com programas que certamente agradarão às famílias portuguesas e não só.
Como tem sido a sua experiência como diretora de Zona das Pousadas de Portugal?
Esta é uma experiência bastante recente, uma vez que comecei apenas este ano. Contudo, a experiência de trabalhar com as Pousadas de Portugal vinha já do Algarve, onde iniciei funções em 2011, como diretora de Zona de duas pousadas – a de Tavira e a de Estói – paralelamente com dois hotéis do grupo Pestana. Esse foi um ano de experiência em que os diretores de Zona eram responsáveis por uma determinada área regional, onde existissem pousadas. Era a conjugação das pousadas com a parte hoteleira. Só a partir do início de 2014 é que o grupo Pestana decidiu separar as pousadas da parte hoteleira, para melhor se focar nas primeiras. Assim, vim para o Norte e fiquei com a responsabilidade de oito pousadas.
O que define, na sua opinião, as Pousadas de Portugal?
A hospitalidade, a familiaridade do pessoal com os clientes e a gastronomia. O valor histórico que têm é também muito importante. São 70 anos de história que não se apaga.
Qual o perfil dos vossos clientes?
Temos muitas famílias, cada vez mais famílias procuram as pousadas. Atualmente não dependemos só do mercado português, uma vez que também nos chegam clientes estrangeiros. Estamos a recuperar o espírito que existia, segundo o qual a experiência de ficar numa das nossas pousadas era passada de geração em geração.
Quais são as pousadas mais procuradas no Norte, no Centro e no Sul do país?
Depende das épocas do ano. No verão, as pousadas do Algarve estão cheias. Depois, nas épocas festivas, aumenta a procura de norte a sul. No ano passado, por exemplo, na passagem de ano, praticamente 90% das pousadas estavam cheias, isto porque temos uma boa oferta de alojamento com jantar de fim de ano, que é bastante procurado, hoje em dia, pelas famílias portuguesas.
Na sua opinião, existem pousadas a mais em Portugal ou, pelo contrário, ainda existe espaço para se apostar em mais unidades?
Eu acho que neste momento temos uma boa oferta de norte a sul do país, uma boa dispersão geográfica. Acho que temos o número certo de pousadas.
Para o Natal, o que é que as Pousadas de Portugal têm preparado para os seus clientes?
Temos o jantar de Consoada e também uma opção para o almoço de dia 25. Independentemente de serem nossos hóspedes ou não, as famílias têm a oportunidade de usufruir de um jantar ou de um almoço de Natal em família.
E para a Passagem de Ano?
Para a Passagem de Ano todas as Pousadas de Portugal têm um programa. Neste momento temos já algumas pousadas completamente cheias. Depois, temos um menu especial, pensado para o dia 1 de janeiro.
Quais são, para si, as pousadas mais emblemáticas?
Eu tenho muita dificuldade, porque cada uma tem um espírito muito seu.
Qual das pousadas tem, na sua opinião, o espírito mais natalício?
É difícil, mas lembro-me da de Amares, da Caniçada, com vista maravilhosa sobre a barragem, e de Guimarães, a tomar um chá da tarde em frente à lareira.
O que podemos esperar, no futuro, das Pousadas de Portugal, nomeadamente daquelas que se localizam no Norte e no Centro do país?
Nós estamos muito focados em melhorar, cada vez mais, a nossa oferta gastronómica, em trazer mais famílias portuguesas às nossas pousadas. Até há algum tempo não aceitávamos animais de estimação, mas agora, a pensar nas famílias que não saem de casa porque não querem deixar o seu animal, selecionámos um determinado número de pousadas (até dezembro são apenas cinco, mas a partir de janeiro já serão muitas mais) que aceitam cães. Os animais podem ficar nos quartos, contudo, não podem estar nas áreas comuns.
Que marca quer deixar nas Pousadas de Portugal?
A minha marca.
Que é…
Um serviço muito familiar e personalizado.