LOURENÇO RIBEIRO

“O EPIC SANA ALGARVE PRETENDE ASSUMIR-SE COMO UMA UNIDADE COOL & CHIC

 

Com um percurso profissional cheio de experiências diferentes, Lourenço Ribeiro é atualmente o diretor-geral do hotel EPIC SANA Algarve, o primeiro e único resort da SANA Hotels. Empenhado em “posicionar o resort ao nível do que de melhor se faz na hotelaria”, Lourenço Ribeiro afirma que gosta de desafios e que só se sente realizado “depois de estes serem atingidos”. Considerando a sua equipa a sua “melhor arma”, o diretor-geral espera conseguir alcançar, ainda este ano, “cerca de 30% de ocupação”.

 

Como descreve o EPIC SANA Algarve? O que o distingue das restantes unidades do grupo?

O EPIC SANA Algarve é o primeiro e único resort da SANA Hotels. Perfeitamente integrado no pinhal e na natureza, tem um ambiente moderno, acolhedor e relaxante. O acesso direto à praia com uma passagem espetacular no meio da falésia é um dos ex-líbris da nossa unidade. É também um resort com dimensão “humana”, que permite dar aos nossos hóspedes um serviço diferenciado. A localização, a oferta integrada de serviços gastronómicos, o spa e um dos maiores centros de congressos do Algarve são igualmente elementos que nos distinguem.

 

A localização é a vossa melhor arma?

A localização contribui, sem dúvida, em muito, para o sucesso do hotel e é uma das melhores do Algarve, mas o conjunto localização, infraestruturas, marca e equipa é a nossa melhor arma.

 

Qual o perfil dos vossos clientes?

Este ano pode ser atípico por ser o ano de abertura. O nosso cliente tipo é um casal europeu de meia idade de classe A, contudo, durante as férias escolares tivemos mais famílias portuguesas. A nível do segmento de reuniões e conferências, tivemos, e continuamos a ter, muitas empresas internacionais de renome.

 

Quais são as principais apostas desta unidade? Quais as atividades mais procuradas pelos hóspedes?

O EPIC SANA Algarve pretende assumir-se como uma unidade Cool & Chic. Nesse sentido providenciamos, por exemplo, aos nossos hóspedes, uma qualidade gastronómica variada que inclui um restaurante gourmet, o Al Quimia, com assinatura do chef Luís Mourão, que está aberto todo o ano, de quinta-feira a sábado. Uma outra aposta é o Sayanna Wellness, um spa de influência japonesa cuja particularidade é ter salas de massagens indoor e outdoor com uma vista espetacular sobre o pinhal e o mar. Para além disso, os nossos clientes podem beneficiar, diariamente, de aulas de ioga, pilates, stretching, sem custo adicional. Estamos também a preparar programas anti-stresse e de emagrecimento, com lançamento previsto para novembro.

 

Em termos de taxa de ocupação, que valores esperam conseguir atingir este ano?

No ano de abertura é sempre difícil conseguir uma boa penetração em mercados internacionais, por duas razões: a contratação de alguns operadores é condicionada à abertura do hotel e as fotos disponíveis antes da abertura do hotel para as brochuras de quem nos publica não são as ideais. Apesar desses fatores condicionantes, deveremos chegar, este ano, a cerca de 30% de ocupação.

 

Como foi o verão, em termos de ocupação?

Conseguimos chegar a 100% em alguns períodos específicos, e praticamente durante todo o verão, ficámos sem disponibilidade para algumas tipologias. No conjunto chegámos a uma ocupação média que ultrapassou os 60%.

 

Quais são as vossas estratégias para combaterem a sazonalidade?

A principal estratégia passa por alavancar o segmento MI (Meeting Industry) e potencializar o nosso centro de congressos. Com uma natureza jurídica independente do hotel, funciona com uma entrada e receção próprias. Em termos de infraestrutura, temos uma sala polivalente de mais de 1000 metros quadrados e outra de 800 metros quadrados, com pé-direito de 4,20 metros e vários pontos de ancoragem, ambas com luz natural, wifi gratuito, audiovisuais integrados e acesso para amplas áreas exteriores para refeições e coffee breaks.

 

De que vêm à procura os turistas quando escolhem o EPIC SANA Algarve?

Vêm à procura de um resort de qualidade, junto ao mar, com serviço de excelência e onde impere a tranquilidade.

 

Qual foi o seu percurso profissional até aqui?

O meu percurso é um pouco atípico. Nasci e estudei em França, tirei um curso de Engenharia em Instrumentação e Controlo e trabalhei na Honeywell, em Paris e depois em Lisboa. Iniciei a minha carreira hoteleira no Sheraton Algarve como chefe de Manutenção, estive envolvido em melhoria de processos no programa PROGRESS e depois fui promovido a diretor de Qualidade e Inovação (Six Sigma Black Belt), primeiro para o Sheraton Algarve e depois para a Starwood Portugal. Integrei o Grupo Hotéis Real, como diretor operacional do Grande Real Santa Eulália, logo para a abertura da unidade, e acabei por sair em dezembro passado como diretor-geral das três unidades do Algarve, para integrar a cadeia SANA como diretor-geral do EPIC SANA Algarve.

 

Já trabalha no ramo hoteleiro há alguns anos, que histórias divertidas pode partilhar com os nossos leitores?

Há muitas… Tivemos um hóspede que gostava de jogar. Em várias ocasiões fazia perguntas à receção sobre diversos assuntos, e se conseguissem responder corretamente no prazo estipulado, ganhavam dinheiro. Uma estagiária chegou a ganhar 500 euros.

Num dia de muita chuva, uma celebridade nacional quis falar comigo para que ligássemos para todas as cidades do Algarve para encontrar sol.

 

Qual foi até hoje a unidade que mais o marcou? Porquê?

Olhar para trás só é útil para evoluir. Nesse sentido, todas as unidades pelas quais passei deixam uma marca e ensinamentos diferentes. A abertura de uma unidade é sempre um processo muito intenso e deixa marca, assim como a transição para novos modelos de negócio. Gosto de desafios e só me sinto realizado depois de estes serem atingidos. Neste caso, o desafio está em posicionar o resort ao nível do que de melhor se faz na hotelaria. Esta é nossa caminhada no momento.

 

Na sua opinião, as redes sociais e a Internet são um meio privilegiado para promover as empresas ligadas ao Turismo?

É óbvio que sim. O setor do Turismo sempre esteve na vanguarda da distribuição on-line. Lembro-me de estatísticas, há uns anos, que mencionavam que a grande maioria das transações comerciais on-line pertenciam a este setor. Agora com a popularidade das redes sociais, sites de recomendações e outros, muitas pessoas partilham as suas férias on-line e acabam por influenciar muitas outras nas suas decisões quanto à escolha de um destino ou de um hotel em particular. 

 

O que podemos esperar, no futuro, deste hotel?

Os nossos objetivos são claros, pretendemos fazer uma caminhada em direção à qualidade, excelência e diferenciação do nosso serviço e assim obter os melhores níveis de recomendação por parte dos nossos clientes.

 

Se tivesse que descrever o hotel numa só palavra, o que diria?

Não é muito original mas acho que diria mesmo a palavra “épico”.

 

São muitos os que afirmam que existem hotéis a mais em Portugal. Concorda com esta afirmação?

Não me parece que os hotéis sejam muitos, a promoção e as ligações aéreas é que são poucas.