“SINTO-ME HONRADA POR TEREM ACREDITADO NA UTILIDADE DO MEU TRABALHO”
Teresa Morais é a atual secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e Igualdade. Acreditando que deve “contribuir para a vida política do país” e confiando no “projeto do líder do PSD para regenerar Portugal”, a jurista aceitou mais este desafio, “por gostar do trabalho parlamentar”. Afirmando faltarem mulheres nos cargos de liderança em Portugal, Teresa Morais confessa “que a possibilidade de realmente contribuir para mudar a situação das mulheres, no sentido de lhes ser reconhecida a participação igualitária a que têm direito na vida pública e privada”, é muito motivante.
Chegou ao Parlamento com Manuela Ferreira leite. O que a levou a aceitar o desafio?
De facto, o meu primeiro mandato foi entre 2002 e 2005, quando integrei as listas, a convite de Durão Barroso. Regressei ao Parlamento em 2009, a convite de Manuela Ferreira Leite. Aceitei o desafio por gostar do trabalho parlamentar e também por pensar que, no momento que o país atravessava, ninguém deveria recusar a oportunidade e o dever de participar na vida pública do seu país.
Teve pena de que Ferreira leite não tenha conseguido chegar ao Governo como primeira-ministra? O que é que o país teria ganho com essa eleição em vez de Sócrates?
Claro que sim. Com a eleição de Manuela Ferreira Leite teríamos ganho uma governante competente e íntegra, que teria sabido interromper o ciclo de endividamento e de incapacidade de cumprimento dos compromissos que nessa altura já se vivia, apesar dos esforços do então Governo para iludir a situação. Portugal teria entrado mais cedo no caminho de rigor e de contenção que, em minha opinião, tem necessariamente de percorrer; acredito mesmo que se teria evitado o pedido de ajuda externa. Acresce que teria tido muito gosto em ter uma mulher como primeira-ministra.
O que a levou a ficar no Parlamento e a aceitar renovar o mandato já com Passos Coelho como líder?
As razões são as mesmas: acreditar que devo contribuir para a vida política do meu país e confiar no projeto e nas capacidades do líder do PSD para regenerar Portugal. Interpreto como um sinal de confiança no meu trabalho o facto de ter sido convidada por duas lideranças sucessivas do partido. Sinto-me honrada por terem acreditado na utilidade do meu trabalho. (…)