“HOJE SOMOS UM BANCO DE REFERÊNCIA”
Com uma enorme experiência no sector da banca, Fernando Teles, o actual presidente do Conselho de Administração do BIC Angola, começou a sua actividade profissional aos 14 anos. Quando mais ninguém acreditava nas potenciali- dades deAngola,o gestor e a sua equipa de accionistas não desistiram e apostaram todo o seu know-how e experiência no desenvolvimento do BIC. Hoje, este empresário orgulha-se de estar à frente de um dos mais poderosos e importantes bancos daquele país. Com 140 agências e cerca de 1500 trabalhadores, o BIC continuará a apoiar o crescimento de Angola e a financiar todos os sectores de actividade. Seguindo uma política de continuidade, Fernando Teles confessa que já está a preparar os seus substitutos, contudo, mesmo depois de reformado não vai parar, pois o que aprecia realmente, aquilo de que necessita, é “fazer coisas”.
Quem é FernandoTeles?
É um gestor que começou a sua actividade há 42 anos na banca. Comecei em 1966, com 14 anos, já passei por cinco bancos, tenho um bacharelato em Contabilidade e Administração, pelo ISCAL, e licenciatura em Gestão de Empresas, pelo ISCTE. Considero-me alguém com alguma experiência no sector bancário porque passei por muitos serviços, muitas áreas. Procuro, na medida do possível, estar sempre a entrar em novos projectos e a construir novas coisas.
Gestor ou banqueiro?
Eu sou gestor, mais gestor do que banqueiro, ou até bancário, porque sou reformado da banca, e quando me reformei fi-lo como director central, o que quer dizer que na verdade sou bancário. Por acaso também tenho 20% dos BIC Angola e Portugal, por- que já em período de quase reforma decidi arriscar. Em 1992/1993 iniciei um projecto em Angola, que foi o banco de fomento do BPI, e em 2005 apostei num novo projecto e ainda bem, porque hoje o BIC é um ban- co de referência em Angola, que foi avaliado recentemente em 2 biliões de dólares. Tem de carteira de depósito quase 4 biliões de dólares, de crédito utilizado pelos clientes, 2 biliões e 200 milhões dólares – tem mais cerca de 800 milhões de dólares de crédito aprovado, mas que ainda não foi utilizado pelos clientes – e tem de fundos próprios, isto é, de situação líquida, cerca de 540 milhões de dólares. Para um banco que começou há cinco anos e no qual os accionistas investiram 30 milhões de dóla- res, é sinal que temos trabalhado muito e feito um grande esforço para fazer crescer o banco em Angola e não só, uma vez que já temos o banco BIC em Portugal. (…)