ESTÁ NA ALTURA DE A VIDA POLÍTICA PORTUGUESA VIVER UM NOVO TEMPO.
Conhece o partido como poucos, e é perito na mobilização das bases. Licenciou-se em Ciência Política e Relação Internacionais. Começou cedo na política mas a sua actividade profissional é outra. Por isso, rejeita o vencimento que, por direito, o partido lhe ofereceu. A experiência vivida dos últimos anos leva-o a dizer que, no momento em que entender, pode ir embora da política. Actualmente gestor de empresas, Miguel Relvas já foi secretário de Estado de Durão Barroso, fez parte de várias comissões políticas do PSD e desempenhou papéis relevantes em diversas comissões parlamentares. O mais saliente desempenhou-o enquanto líder da Comissão das Obras Públicas onde se manifestou activamente pelo não à construção do novo aeroporto da Ota. Miguel Relvas fala à FRONTLINE do seu percurso político e revela aquilo que o PSD, o país e os portugueses podem esperar de Pedro Passos Coelho, da sua forma de fazer política e da sua liderança.A entrevista com o homem que vê num político uma pessoa comum. Com a obrigação de ser humilde.
Quem é o Miguel Relvas?
Eu? Não estava à espera dessa pergunta… Sou uma pessoa normal. Com angústias, satisfações, alegrias, tristezas.
Licenciou-se em Ciência Política e Relações Internacionais. Por qual profissão ambicionava enveredar? Nesta altura já pensava seguir uma carreira política?
Entrei muito cedo para a política. Fiz o inverso de muitas pessoas. Fui deputado em representação da JSD e mais tarde dediquei-me a uma actividade profissio- nal que hoje mantenho. Não quero vol- tar a ser político profissional a tempo inteiro. Sou secretário-geral do PSD, mas continuo nas funções que já exercia. No partido, tenho direito a um vencimento que não aceitei. A experiência política dos últimos anos leva-me a que possa, no momento em que entender, dizer “não” e ir-me embora.(…)