ANTÓNIO JOSÉ SEGURO

“A MINHA PRIORIDADE É PORTUGAL”

Decidido a contribuir para que a vida dos portugueses “melhore”, António José Seguro afirma, em entrevista à FRONTLINE, que assumiu um compromisso de “fazer política de forma diferente”. Assim, revela que o PS está a fazer uma oposição “honesta e construtiva ao atual Governo”, apresentando “uma alternativa política merecedora da confiança e do entusiasmo dos portugueses”. Para o principal líder da oposição, “o Governo funciona mal e não está a contribuir para a resolução dos problemas”. É necessário fazer renascer um Portugal onde “as pessoas sejam felizes e tenham horizontes de futuro. Um país solidário, coeso e moderno”. Porém, e na sua opinião, tal só será possível se o Governo conquistar a confiança dos portugueses. Convicto de que “as pessoas não aguentam mais sacrifícios”, preocupa-o, essencialmente, “o aumento brutal do desemprego”, uma vez que atualmente, há mais de 1 milhão e 200 mil portugueses desempregados. Contudo, quer ser primeiro-ministro “por mérito das ideias e das propostas que o PS apresentará aos portugueses” e não por “demérito do atual Governo”.

 

Chegar à liderança do PS era um sonho antigo?

A partir de determinado momento da minha vida senti que tinha o dever cívico de me candidatar à liderança do PS, em nome de uma ideia para Portugal e pelas causas e pelos princípios por que sempre me bati. Apresentei-me com as minhas ideias e assumi um compromisso muito forte de fazer política de forma diferente, colocando sempre, mas sempre, o interesse nacional acima dos interesses partidários. Tenho muita honra em ter sido eleito e merecer a confiança de milhares de militantes, numa das eleições mais participadas da história do PS. Agora, o sonho é dar o meu melhor e trabalhar para fazer de Portugal um país onde as pessoas sejam felizes e tenham horizontes de futuro. Um país solidário, coeso e moderno. É essa a ambição do PS e na qual eu estou particularmente empenhado. É para ajudar a melhorar a vida das pessoas que estou na política.

 

Por que razão só decidiu avançar agora para essa disputa? Conta-se que o seu nome terá sido falado na altura em que Sócrates se candidatou pela primeira vez. O que aconteceu para não avançar?

Haverá outros momentos para falar do passado. Estou muito focado no futuro. Estou concentrado em dois objetivos: o PS a fazer uma oposição honesta e construtiva ao atual Governo. Em simultâneo, preparar uma alternative política merecedora da confiança e do entusiasmo dos portugueses. Eu quero ser primeiro-ministro por mérito das ideias e das propostas que o PS apresentará aos portugueses e não por demérito do atual Governo. O país precisa de viver um novo ciclo politico com políticos que não prometam uma coisa antes de eleições e façam o contrário quando chegam ao Governo. O futuro Governo tem que ganhar a confiança dos portugueses. Só assim conseguiremos mobilizar-nos todos para mudarmos o nosso país. (…)