MV AGUSTA

SONHAR SOBRE RODAS

 

Mais do que simplesmente motas de sonho, as MV Agusta são veículos que fazem qualquer um sonhar. Elas têm uma capacidade única de atracção, que se desenvolve praticamente sem explicações racionais. 

 

Fundada, pelo conde Giovani Agusta, no início do século XX, em Varese, a MV Agusta surge, originalmente, ligada à indústria aeronáutica. Durante a Primeira Guerra Mundial, o seu fundador ofereceu-se como piloto voluntário, facto que contribuiu, em muito, para que a marca atingisse o seu auge por volta dessa altura. Com a morte do conde em 1927, a empresa ficou a cargo da sua mulher, Giuseppina, e do seu filho Domenico, que tiveram de enfrentar momentos bastante difíceis. Para enfrentarem a crise que, anos depois, assolou o sector aeronáutico, decidiram apostar no ramo dos motociclos, procurando assim responder à enorme procura que se fazia sentir relativamente aos transportes individuais. Começaram por conceber uma mota com um motor simples e acessível, a dois tempos, com 98 cc, embraiagem banhada a óleo e duas mudanças. Porém, a actividade da empresa teve de ser interrompida com o rebentar da Segunda Guerra Mundial. Em 1945, foi apresentada ao público a primeira MV Agusta, a 98, que se encontrava disponível nas versões Touring e Económica. O ano seguinte ficou marcado pelo início da participação da marca em competições oficiais e, no fim dos anos 50, a MV Agusta era uma lenda da competição, graças aos seus desempenhos e progressos tecnológicos.

 

Uma história de sucesso

No decorrer dos anos 60, o automóvel familiar ganhou notoriedade e passou a ser o meio de transporte individual preferido, o que fez com que o mercado motociclista abrandasse. A resposta da MV Agusta não se fez esperar e, no final dessa década, teve início a era Agostini. Mas avizinhavam-se anos difíceis, e a marca teve mesmo de abandonar o sector dos motociclos para regularizar a sua situação económica. Em 1986, depois de vários anos de avanços e recuos, os bens (motos, protótipos e motores) foram colocados à venda. Ainda foi pedida a intervenção por parte do governo italiano, de forma a proteger esta parte da herança cultural do país, mas sem qualquer resultado positivo. Na Primavera de 1992, a Cagiva Motor anunciou que a MV Agusta passava a ser propriedade do grupo de Castiglioni. A aquisição por empresários mais dinâmicos e mais determinados da indústria de motociclos foi muito bem aceite pelos amantes da marca, já que era a garantia de que a MV Agusta iria renascer. Vários anos de história terminaram, então, e teve início a era moderna.