DESCOBERTA DE UM MUNDO DESCONHECIDO
O World of Discoveries é um museu interativo e um parque temático que reconstrói a fantástica odisseia dos navegadores portugueses, que cruzaram oceanos à descoberta de um mundo desconhecido.
Os Descobrimentos lançaram a humanidade numa era de globalização e mudaram para sempre a nossa relação com o planeta. Portugal teve um papel protagonista neste processo durante séculos a fio, criando novas rotas oceânicas e pondo gentes, animais e plantas em circulação por todo o mundo. No World of Discoveries o visitante é convidado a desfrutar do encontro de culturas, compreendendo o alcance das ambições, ideias, esforços e inovações que os tornaram possíveis. É o emblemático infante D. Henrique que, à entrada, saúda os visitantes e os convida a entrar. Ainda que seja apenas um holograma, em tamanho real, o infante apresenta a viagem e retrata a sua vida. E assim começa a viagem no tempo. A primeira sala do museu, Intentos e Inventos, dá a conhecer mais sobre as navegações. A sala apresenta as embarcações da época, desde a barca à nau, passando pelo galeão e pela caravela. Para saber mais sobre estas é só explorar a informação através de monitores táteis. Os instrumentos utilizados para navegar, como a bússola, o astrolábio, a balestilha ou o quadrante, também estão expostos. O próximo espaço é Mundos ao Mundo e expõe a forma como o mundo foi sendo conhecido, de 1321 a 1800, através de dois globos interativos em 4D. Além do trabalho de cartografia, é ainda possível ter acesso a informações, através de ecrãs táteis, sobre a ciência da época, os principais navegadores, os mitos e estórias, a arte e a cultura, ou ainda a vida a bordo. Passado este espaço onde é dado a conhecer o trabalho do infante, é explorada a vida a bordo. Nesta sala encontra-se o famoso rinoceronte trazido pelos portugueses e que a corte de Lisboa ofereceu ao Papa Leão X, no século XVI. Ainda na nau é ilustrado o modo de vida dos navegadores, com as camas de madeira cobertas de palha onde dormiam, as mercadorias levadas e trazidas nas viagens, a comida e as armas. Por último, o estaleiro retrata o trabalho de construção das naus, com um carpinteiro, o seu aprendiz e as ferramentas. Em todos os espaços, os visitantes podem usufruir da presença de guias que farão, sempre trajados a rigor, pequenas encenações do que seria viver naquela época.
Viagem no tempo
Por fim, a verdadeira viagem. Após o embarque dos navegadores no Estaleiro de Miragaia, no Porto, e na Ribeira das Naus, em Lisboa, a viagem ruma a sul assinalando um marco importante: a conquista de Ceuta. E eis que um túnel escuro, em tons de azul, surge misterioso e apresenta o cabo das Tormentas, onde os visitantes são devorados pelo gigante Adamastor. A viagem pelo mar Tenebroso é acompanhada com o uivar constante da tempestade e o mar incontrolável que quase invade o navio. Após este percurso mais atribulado, a viagem segue pelas florestas tropicais, onde a paisagem verde e as cascatas, com verdadeiras aves exóticas, transportam os viajantes para tais paragens. E depois de passar por Índia, Timor, China, Macau, Japão e Brasil, a viagem chega ao fim.