APOSTA NA GASTRONOMIA
Organizado pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL), o Peixe em Lisboa é um evento emblemático da cidade. Apostando nos peixes e mariscos portugueses, produtos de excelência da nossa gastronomia, este festival procura diferenciar-se a nível nacional e internacional pelas suas características.
A Associação de Turismo de Lisboa decidiu apostar na gastronomia, no seu Plano Estratégico, e nesse âmbito decidiu criar um evento que se divide em três vertentes: apresentações em auditório de conceituados chefes portugueses e estrangeiros; a proposta de uma grande diversidade de pratos à base de peixe e mariscos por alguns dos melhores restaurantes da região de Lisboa, em funcionamento permanente, e ainda um mercado gourmet com dezenas de expositores da área alimentar. Falamos do Peixe em Lisboa. A primeira edição deste evento realizou-se no Pátio da Galé, em pleno Terreiro do Paço, um espaço que começava a ser descoberto e que necessitava de ser recuperado. O êxito dessa primeira edição contribuiu para a decisão da ATL de fazer uma intervenção de fundo neste espaço, pelo que, nos dois anos seguintes, o Peixe em Lisboa mudou-se para o Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações. Após a conclusão das obras de recuperação, em 2011, o festival regressou ao Pátio da Galé, onde se manteve até 2016. Na sua 10.ª edição, o Peixe em Lisboa instalou-se no recém-reaberto Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, também recuperado pela ATL, outro edifício histórico da cidade, mantendo as características que sempre o marcaram e que tanto êxito tem obtido junto do público português e dos turistas que nos visitam. A 10.ª edição do Peixe em Lisboa, que decorreu de 30 de março a 9 de abril, contou com pratos variados de peixe e marisco de alguns dos melhores restaurantes do país, nomeadamente Alma, de Henrique Sá Pessoa; Boi-Cavalo, de Hugo Brito; Rabo d’Pêxe, de Paulo Morais; Chapitô à Mesa, de Bertílio Gomes; Taberna da Rua das Flores, de André Magalhães; a cozinha do francês Pascal Meynard, do Ritz Four Seasons Hotel Lisboa; Arola, do hotel Penha Longa Resort; Ribamar, de Hélder Chagas; Ibo, de João Pedrosa, que junta a gastronomia portuguesa à moçambicana; e O Asiático, A Cevicheria e O Talho, do chef Kiko. Do sushi às gambas, do espadarte ao pica-pau de atum, tudo teve lugar neste festival.
O melhor do festival
Os stands estiveram dispostos ao longo das paredes do pavilhão, deixando livre um grande corredor onde foram instaladas as mesas com lugar para 497 pessoas poderem almoçar, jantar ou simplesmente petiscar. Numa sala à parte decorreram palestras, workshops e sessões de showcooking. O espaço acolheu ainda um mercado gourmet, que, além de uma banca de peixe fresco, contou com produtos de mercearia, azeite, vinhos, gelados, chocolates, enchidos, queijos e doces tradicionais. Este ano, em vez das habituais senhas de refeição, estiveram à venda cartões de consumo pré-carregados com 6 euros. Outra das novidades foi a aplicação, disponível para iOS e Android, com todas as informações sobre o evento, uma agenda personalizada, e que até permitia saber que amigos estavam no festival, através das contas de Facebook. Nesta edição do Peixe em Lisboa decorreu ainda uma Prova de Pataniscas, que veio juntar-se a outras já conhecidas dos anos anteriores, como o ADN de Pasteleiro e o Melhor Pastel de Nata. A pensar nas famílias, a 10.ª edição contou com uma área exclusivamente dedicada às crianças, onde os mais pequenos puderam fazer experiências culinárias que tiveram o peixe e o marisco como estrelas principais, assim como aprender a cozinhar com ingredientes frescos.