ARTE CONTEMPORÂNEA
Da autoria do arquiteto Álvaro Siza, o Museu de Serralves foi inaugurado em 1999. Harmoniosamente integrado na envolvente urbana e nos espaços preexistentes dos jardins, do parque e da Casa de Serralves, este é um espaço que merece ser visitado.
A criação do Museu de Arte Contemporânea ficou a dever-se à criação da Fundação de Serralves em 1989. Em 1991, o premiado arquiteto Álvaro Siza Vieira foi convidado a projetar o novo museu nos espaços da Quinta de Serralves. Em 1996, tiveram início a construção do edifício e a elaboração do programa museológico, tendo nesse ano o conselho de administração da Fundação nomeado Vicente Todolí para primeiro diretor artístico do museu e João Fernandes, seu diretor adjunto. O museu foi inaugurado a 6 de junho de 1999 com a exposição Circa 1968. Passando em revista uma década de radical criação artística coincidente com um período de assinalável transformação social e política em Portugal e no mundo, esta mostra inovadora constituiu um verdadeiro manifesto sobre as ambições internacionais do museu e a baliza cronológica da sua futura coleção e do seu programa artístico. Além das exposições patentes, o visitante do Museu de Serralves descobre as particularidades dos espaços que compõem esta obra arquitetónica dotada da versatilidade e capacidade de transformação indispensáveis para dar resposta à diversidade e à imprevisibilidade da arte contemporânea aqui exposta.
Museu de arte contemporânea
O Museu de Serralves é o mais importante museu de arte contemporânea em Portugal, situado nos espaços únicos da Fundação de Serralves, que incluem um parque e uma moradia. Através da sua coleção, de exposições temporárias, programas educativos, sessões públicas, espetáculos de música, dança e performance, da sua atividade editorial e de parcerias a nível nacional e internacional, o museu promove a fruição e a compreensão da arte e da cultura contemporâneas. A apresentação a públicos diversificados da obra dos mais conceituados artistas dos nossos dias, o reforço dos laços com a comunidade local e a promoção da reflexão em torno das relações entre a arte e o ambiente, intrínsecas ao contexto de Serralves, são atividades nucleares inerentes à missão do museu. Exposições temáticas e monográficas de artistas consagrados e de artistas emergentes e mostras da coleção de Serralves são apresentadas nas galerias do museu e integram um programa frequentemente renovado. A Casa e o Parque de Serralves constituem também locais privilegiados para a realização de exposições específicas, obras encomendadas e apresentações da coleção, bem como de exposições itinerantes organizadas em colaboração com instituições culturais portuguesas e estrangeiras. No auditório e noutros espaços do museu, tem lugar um programa eclético de cinema, dança contemporânea, música e performance. O auditório e a biblioteca do museu acolhem também conversas, conferências e mesas-redondas nas quais o público pode participar, debatendo e discutindo questões da arte e da cultura do nosso tempo.
Projeto arquitetónico
Situado no Parque de Serralves, o museu estabelece um diálogo direto com a Casa de Serralves e com os jardins envolventes. Em lugar de uma fachada monumental, o museu define-se por uma articulação harmoniosa entre diferentes elementos arquitetónicos e o ligeiro declive do terreno onde o edifício está implantado. Construído de forma longitudinal de norte para sul, apresenta um corpo central que se divide em duas alas, separadas por um pátio, dando origem a uma estrutura em U e a uma construção em forma de L, formando-se entre esta e o edifício principal um segundo pátio que serve de acesso principal ao museu e que se encontra ligado ao parque de estacionamento subterrâneo e ao jardim. O espaço disponibiliza 14 salas de exposições distribuídas por três pisos. No piso superior encontram-se o restaurante, a sala do Serviço Educativo e a sala Multiusos. Da esplanada que se estende a partir do restaurante, o visitante tem uma vista ampla sobre o Parque de Serralves. O piso da entrada dá acesso a salas de exposição e à livraria. O piso inferior alberga salas de exposição, a biblioteca, o auditório e uma cafetaria.