MORAIS SOARES ARQUITECTOS

“CONSIDERAMOS CADA PROJETO COMO ÚNICO”

Com formação universitária na Faculdade de Arquitectura do Porto, os quatro arquitetos, da mesma família, que compõem a Morais Soares Arquitectos apontam “a relação pessoal” que, em muitos casos, estabelecem com os clientes como aquilo que melhor os distingue e diferencia de outros gabinetes de arquitetura.Dedicando-se a áreas tão distintas como urbanismo, reabilitação urbana, habitação, turismo e hotelaria, restauração, equipamentos escolares e desportivos, indústria, escritórios e serviços, a Morais Soares Arquitectos revela que, atualmente, um dos projetos mais aliciantes que tem em mãos é, sem dúvida, o de enoturismo para a Quinta da Aveleda.

 

Como surgiu o interesse pela arquitetura?

O gosto pela arquitetura vai já na terceira geração. Inicialmente com a constituição da ARS-Arquitectos (entretanto extinta), da qual foi sócio fundador Mário de Morais Soares, e agora com a Morais Soares Arquitectos, da qual fazem parte Vasco de Morais Soares (segunda geração) e os seus filhos Raquel, Gonçalo e Duarte (terceira geração)… todos arquitetos.

 

Qual o percurso profissional/académico dos arquitetos Morais Soares?

Com formação universitária na Faculdade de Arquitectura do Porto, recebemos também influência de experiências individuais profissionais e académicas de passagens por Luanda, Barcelona, Helsínquia e América Latina. Há uma formação incessante que surge do gosto de viajar (de frequentar esplanadas de outras cidades), de conhecer, de nos dedicarmos a outras atividades que não só a arquitetura. Por haver uma ligação profunda a outros ambientes artísticos que nos são próximos – como a pintura, a decoração – ganhamos também outras apetências. Todas são, para nós, áreas que completam o nosso trabalho. Da terceira geração, dois arquitetos frequentaram a Escola Alemã do Porto, acentuando a diversidade de métodos de trabalho.

 

Quais são as referências da Morais Soares Arquitectos?

Houve certamente arquitetos que nos influenciaram… mas as nossas referências resultam, essencialmente, do “crescimento” de cinco arquitetos de três gerações da mesma família. Contudo, podemos também apontar nomes como: Sinan, Schinkel, Otto Wagner, Frank Lloyd Wright, Coderch, Herzog, Mies Van der Rohe, Legorreta, Dieste, Aalto, Jean Nouvel, Viana de Lima… e muitos outros.

 

O que distingue a Morais Soares Arquitectos de outros gabinetes de arquitetura existentes?

Talvez o mais importante seja a relação pessoal que, em muitos casos, estabelecemos com os nossos clientes e que, habitualmente, vai muito além da estrita relação profissional, mantendo-se há já três gerações.

 

A que áreas se dedicam? Como definem o vosso estilo?

Dedicamo-nos a áreas tão distintas como urbanismo, reabilitação urbana, habitação, turismo e hotelaria, restauração, equipamentos escolares e desportivos, indústria (com grande ênfase na área vitivinícola), escritórios e serviços, entre outros.

Muitas vezes acompanhamos os nossos clientes desde o aconselhamento na compra do prédio/terreno, continuamos com estudos de viabilidade económico-financeira e podemos culminar num produto acabado, totalmente equipado e decorado, pronto a ser utilizado, “chave na mão”. Quanto ao nosso estilo, não se pode dizer que haja um estilo de arquitetura que nos defina, porque falamos de quatro criativos a trabalhar de forma autónoma. É certo que estamos todos dentro de um mesmo espaço, em permanente colaboração,  trocando ideias e colaborando uns com os outros, mas somos totalmente independentes e cada um tem as suas ideias. Consideramos cada projeto como único, um protótipo, se assim lhe quiserem chamar, porque há fatores determinantes que o tornam especial e sempre distinto do anterior. Isto porque existe uma “encomenda”, um programa específico definido pelo dono da obra; porque é necessário saber lidar com o peso da legislação associada a cada momento, por haver um respeito sempre presente pelo lugar e pela integração urbana (seja na continuidade/colmatação, seja na rutura/oposição); pela funcionalidade a par da estética e finalmente porque consideramos fundamental a perenidade (o que leva a uma procura exaustiva de materiais e soluções construtivas). Uma ponderação entre todos estes elementos acaba por determinar a linha condutora do projeto, em todas as suas vertentes. (…)