LORD OF THE VOICES

“ESTE ESPETÁCULO PODERÁ IR ATÉ ONDE O CORAÇÃO O LEVAR…”

 

Com um talento inegável, Fernando Pereira, o famoso cantor e entertainer, leva até ao palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril o seu novo espetáculo musical Lord of the Voices. Num misto de originalidade, diversão, versatilidade e engenho, durante cerca de hora e meia está garantida boa música, muito revivalismo e um saudável humor. Através da sua arte, absolutamente única, Fernando Pereira apresenta em palco o som e as “vozes” de grandes superestrelas. Um espetáculo a não perder!

 

O que é o espetáculo Lord of the Voices? Como o define?

O Lord of The Voices é um espetáculo original, eclético e superdivertido, que apresenta em palco, ao longo de hora e meia, o melhor do meu repertório e muitas dezenas de grandes “vozes”, entre variadíssimas surpresas. Mas eu sou, obviamente, demasiado suspeito para opinar sobre o meu trabalho. O melhor é mesmo ir ver para crer.

 

O Fernando e a sua empresa, a Musical Entertainment, são os novos produtores responsáveis pelos espetáculos e eventos do Salão Preto e Prata do Casino Estoril. Como surgiu a ideia de produzir um espetáculo como este?

Três questões essenciais norteiam a nossa atuação e definem, de certo modo, as linhas mestras do projeto idealizado pela minha empresa para o Casino Estoril. Em primeiro lugar, o facto de estarmos num espaço de excelência, uma sala extremamente versátil, de características únicas, que recebe semanalmente os mais diversos tipos de espetáculos, de públicos e eventos corporate. Depois, a consciência da importância e responsabilidade que têm quer o Estoril, em particular, quer toda a linha de Cascais, em geral, no que respeita à oferta de animação turística na região da Grande Lisboa. Por último, a necessidade de criar um produto artístico simples, versátil, dinâmico e de grande qualidade, que dê facilmente resposta a toda essa imensa diversidade de públicos, eventos e situações que ali se colocam constantemente. Os tempos mudaram, mudam aliás de forma galopante, e nós temos que estar preparados para enfrentar toda uma infinidade de desafios. Queremos ser constantemente uma parte da solução, nunca uma parte do problema.

 

Já ninguém tem dúvidas sobre o seu talento, mas quais são as grandes surpresas com que os espetadores podem contar no decorrer do espetáculo?

É sempre muito complicado ser juiz em causa própria. Este espetáculo foi concebido, como já disse, para ser muito versátil, eclético e também surpreendente em muitos aspetos. O que hoje aparece em palco pode não acontecer amanhã, para dar lugar a outros números, outras vozes, outras surpresas… Essa é uma das grandes vantagens de me apresentar totalmente a solo, com as minhas “vozes”, suportado essencialmente por ecrãs gigantes e acompanhado, em palco, por cenários de vídeo, todo o tipo de imagens, grafismos e soluções multimédia… Quer para o público em geral, seja ele português ou estrangeiro, quer também para as empresas e organizações que ali apresentam os seus eventos, a nossa aposta será sempre, de alguma forma, um espetáculo surpreendente, que poderá até, com tempo e criatividade, ser pensado e produzido à medida do cliente.

 

Quem é o vosso público-alvo? Mais portugueses ou mais estrangeiros?

Nessa matéria, o céu é o limite… Dependendo dos grupos que nos visitam, das nacionalidades, das empresas e instituições que reservam a sala para os seus eventos, o espetáculo poderá também, como já referi, ser adaptado e apresentado em português, em inglês, ou até noutro idioma que me seja possível dominar com alguma fluência. É tudo uma questão de tempo, de orçamento e de ensaio, evidentemente…

Por isso, acho que podemos afirmar que o nosso público-alvo é aquele que vem de Braga, de Lisboa, Londres, Pequim, Madrid ou Nova Iorque…

 

Como foi a noite de estreia? O que sentiu? Nervoso miudinho ou a sensação de regressar a casa?

O nervoso miudinho já não me afeta muito, especialmente quando se trata na realidade de um “regresso a casa”… Mas posso sinceramente dizer que a noite da estreia, embora tivesse corrido bastante bem para o público, foi afinal um pouco atribulada para mim, que sofri inesperadamente algumas complicações técnicas, problemas informáticos que me fizeram saltar números e ter que recorrer à “tarimba” de muitos anos nos palcos da vida para segurar o barco… Foi, no entanto e apesar de tudo, uma noite mágica e memorável, que terminou com a sala inteira em pé e a cantar comigo. Que mais pode um artista desejar? Nada.

 

Como é voltar ao Casino Estoril?

É uma sensação muitíssimo agradável e um momento absolutamente fantástico que estou agora a viver com a minha família, os meus amigos e toda a equipa de grandes profissionais que me acompanha nesta aventura. Podia ter acontecido há uns anos atrás, é verdade, quando ainda existiam aqueles orçamentos milionários, praticamente sem limites, para a criação e a produção dos shows, mas este não deixa de ser também, afinal, um desafio muitíssimo interessante, que me está a dar uma grande luta e um gozo enorme levar por diante…

O grande Fernando Pessoa dizia: “Pedras no caminho, guardo-as todas. Um dia construo um castelo…”, pois contra todas as adversidades, tormentas e Velhos do Restelo, este é hoje o “castelo” que estou a construir. E será, estou certo, um sucesso para o casino durante muitos anos.

 

Porquê lançar um espetáculo destes nesta altura? Estão a apostar na época de Natal?

Esta é a melhor época para se lançar qualquer espetáculo. Aliás, à exceção das férias de verão e dos primeiros meses do ano, qualquer tempo é bom tempo para se apresentar um espetáculo. Especialmente no Casino Estoril, onde uma grande parte dos melhores eventos corporate e das festas empresariais decorre precisamente no último trimestre. Setembro é, como se sabe, o chamado período da rentrée, em que sempre se prepara o ano seguinte e onde tudo o que é novo, ambicioso e realmente importante prima por acontecer, até na política… Foi sem dúvida uma boa decisão.

 

Ter o Salão Preto e Prata sem espetáculo é como estar numa praia sem sol. Concorda com esta afirmação? Como comenta?

Concordo em absoluto. Sempre que no ano passado me deslocava ao casino e via aquela magnífica sala fechada, sentia uma tristeza confrangedora. Entendo as prioridades e as razões que levaram a essa situação, mas não deixa de ser realmente algo muito triste de se ver. Felizmente, este cenário é agora totalmente diferente e as pessoas que visitarem o casino poderão assistir ao nosso espetáculo, divertir-se e dançar depois ao som da boa música dos anos 70 e 80, até às 03h00 da manhã. É só marcar ou apenas dar um pequeno salto até ao Estoril.

 

Este tipo de mercado não se ressente com a crise?

Todos os mercados se ressentem com a crise, à exceção da roubalheira organizada e da agiotagem. O mercado da música, da cultura e da animação, considerado pelos sucessivos governantes um “parente pobre” e um bem de última necessidade, sofre tempos muitíssimo difíceis e luta com dificuldades enormíssimas. Mas parafraseando, uma vez mais, Fernando Pessoa: “Só a arte é útil. Por isso só a arte fica, porque dura…” Todos os outros, com mais ou menos dinheiro no colchão ou nas off-shores, morrem todos…

 

Quais as melhores memórias que tem dos seus espetáculos no Casino Estoril?

Tenho de facto memórias extraordinárias: quando ali atuei numa passagem de ano, uma noite memorável com a grande Amália e a Fafá de Belém comigo em palco; quando uma noite saí de casa a correr para substituir o Ray Charles; quando gravei para televisão, com toda a “pompa e circunstância”, as galas de estreia dos meus espetáculos, antes de correr o país e o mundo em grande digressão; quando ali inaugurei o famoso concurso “Casa Cheia” para a RTP; quando, em 1998, protagonizei o espetáculo Variações, António, numa magnífica produção residente… Eu sei lá… São tantas as boas memórias…

 

Qual o espetáculo que mais o marcou? Porquê?

Para além das já mencionadas estreias no Casino Estoril, guardo também no coração as noites mágicas nos Coliseus de Lisboa e Porto, a grandiosa aventura pelos casinos americanos e os espetáculos no Festival de Sotchi, acompanhado pela orquestra da Rádio Televisão de Moscovo… Depois disto, já posso perfeitamente dizer que só faltam mais uns 30 anitos para me reformar.

 

E que histórias engraçadas pode partilhar com os nossos leitores?

Infelizmente, as melhores histórias destes anos não poderei de todo partilhar convosco… Cavalheirismo a quanto obrigas…

 

Que outros espetáculos estão já pensados para o Casino Estoril?

Em princípio estarei com este meu novo espetáculo até março ou abril do próximo ano, e depois outra produção diferente será levada ao palco, para ali se manter pelo menos até outubro. Concertos intimistas com outros artistas e bandas da atualidade também fazem parte dos nossos planos e objetivos. A ver vamos.

 

O Lord of the Voices pode sair das fronteiras de Portugal? Tencionam levar o espetáculo para o estrangeiro?

Este espetáculo, depois da sua normal e auspiciosa temporada no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, poderá ir até onde o coração o levar… Espero apresentar ainda o Lord of the Voices em Macau, São Paulo, Porto Alegre, Toronto, Nova Iorque, Londres, Paris e Madrid, assim como também em inúmeras cidades e vilas de Portugal, ao longo do próximo verão.

 

Lord of the Voices

Esta nova produção de Fernando Pereira é um espetáculo musical onde durante cerca de hora e meia é garantida boa música, animação, muito revivalismo e um saudável humor. Através da sua arte absolutamente única, o famoso cantor-imitador apresenta em palco o som e as “vozes” de grandes superestrelas, como Madonna, Mika, Lady Gaga, Anastacia, Roberto Carlos, The Doors, Tina Turner, Michael Jackson, Muse, David Bowie, Tony de Matos, Tom Jones, Cat Stevens e Louis Armstrong, entre dezenas de outros famosos nomes do vasto universo musical. Muitas e divertidas surpresas irão também surgir neste original espetáculo a solo, em que o artista explora a criatividade em vídeo e a animação 3D, interagindo constantemente com o público e apoiado por grandes ecrãs ou painéis de LED, que criam todo o cenário em palco.