JOÃO COSTA ANTUNES

“ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DA PATA, PARTICIPAR NO DESENVOLVIMENTO DESTA QUE É UMA GRANDE E PRESTIGIADA ASSOCIAÇÃO”

 

João Manuel Costa Antunes é atualmente o presidente da Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA), um cargo que vai assumir até 2014. A associação conta, atualmente, com 800 membros plenos e mais de 7 mil membros de capítulos locais em todo o mundo, entre os quais se destacam mais de 80 organismos de turismo de nível governamental, mais de 40 linhas aéreas e de cruzeiro, além de centenas de companhias de turismo. Segundo Costa Antunes, o que se pretende é que “o papel fundamental da PATA, enquanto plataforma de contacto, de promoção dos destinos e de prestação de apoio técnico, não se perca e se adapte aos novos tempos”.

 

Qual é a sensação de chegar à liderança de uma associação tão importante como a Associação de Turismo da Ásia Pacífico (PATA)?

A oportunidade de me candidatar e ser eleito, primeiro, vice-presidente e, depois, presidente da PATA é para mim uma grande satisfação, isto porque se trata de uma associação internacional de turismo de grande abrangência, que inclui, entre os seus membros, desde estudantes e jovens profissionais de turismo a companhias aéreas, cadeias hoteleiras e países. Em termos de abrangência geográfica, cobre destinos desde os limites asiáticos com a Europa até à América Latina e América do Norte. Assumir a presidência da PATA é, pois, uma oportunidade para participar no desenvolvimento desta que é uma grande e prestigiada associação. Ao mesmo tempo, permite demonstrar que, mesmo sendo Macau uma cidade de pequena dimensão, os residentes e as entidades que se empenhem ao nível de organizações internacionais podem ter acesso a um papel de liderança.

 

Como teve início a sua ligação à PATA?

A minha ligação à PATA teve início há 25 anos, na altura em que comecei a liderar os Serviços de Turismo de Macau. Nessa qualidade, fui participando, desde então, nas atividades desenvolvidas pela associação e, ao mesmo tempo, assumindo diversas funções que foram gradualmente crescendo em responsabilidade e me permitiram conhecer melhor a PATA. Uma vez que a minha carreira profissional teve início numa área técnica – engenharia civil –, estendendo-se ao planeamento urbano –, tendo evoluído depois para a área do Turismo, foi muito graças à possibilidade de participação em inúmeros seminários e reuniões da PATA, e de interação com os líderes de turismo da Ásia-Pacífico, que pude aprender o que sei. É nesse sentido que eu vejo esta participação como uma forma de devolver à PATA tudo aquilo que pude aprender por seu intermédio ao longo dos anos.

 

Olhando para o seu percurso profissional, o que destacaria de mais importante?

Um grande momento da minha carreira profissional foi a possibilidade de ser o coordenador do Gabinete de Coordenação da Cerimónia da Transferência. Fui destacado para esta missão no período de 1998-1999, missão cujo trabalho era o de preparar a cerimónia da transferência de administração – da portuguesa para a chinesa. Para tal pude contar com o contributo de uma equipa de profissionais que foi crescendo gradualmente e que, no final, conseguiu demonstrar que se tinha desenvolvido todo um conjunto de atividades de um grande nível e de uma grande dignidade. Para mim, enquanto português em Macau, sinto um orgulho especial em ter tido a oportunidade de participar ativamente nesse momento histórico. (…)