Empenhado em transformar terrenos desinteressantes em magníficos campos de golfe, o arquitecto Jorge Santana tenta, nos seus projectos, preservar ao máximo a paisagem natural envolvente, tirando sempre partido dos elementos originais e protegendo os valores ambientais.
A história do golfe ensina-nos que os mais famosos e extraordinários campos do mundo contaram, na sua construção, com a supervisão do projectista no terreno. Jorge Santana acredita neste método e, para além de todos os planos e especificações técnicas que produz – em computador e pelo método tradicional –, visita assiduamente as suas obras e segue, directamente, as várias fases de construção, especialmente a modelação artística no terreno, considerada pelo próprio “um dos mais importantes elementos da concepção de um campo de golfe”. Mas nesta sua actividade não se encontra sozinho, conta com a ajuda da equipa pertencente à sua empresa Golfdesign, que existe desde 1994. Passados 15 anos, esta empresa orgulha-se de ter já projectado campos de norte a sul de Portugal, pela Europa, no Chipre, em Angola, entre muitos outros países. Seguindo sempre a filosofia de que os clientes não devem, apenas, ter o melhor campo, mas sim aquele que melhor se adapta ao terreno e às suas necessidades, durante o projecto são utilizadas peças técnicas desenhadas a computador, cálculos de movimentos de terra assistidos por computador, mas também, esboços e projecções 3D, para uma melhor compreensão do desenho.
Jorge Santana da Silva nasceu em Setúbal, a 22 de Dezembro de 1956. Geómetra de formação, está, desde o início da sua carreira, ligado à engenharia e à construção, tendo colaborado, em 1977, com a companhia Americana L.G. Defelice inc., na Arábia Saudita. Um ano depois voltou a Portugal, onde se associou a algumas empresas de projectos, desenho e construção. Encontrava-se na ilha da Madeira, quando, em 1981, os nove buracos do antigo campo de golfe do Santo da Serra foram sujeitos a um projecto de ampliação, e o campo passou a contar, graças ao projecto do famoso arquitecto Robert Trent Jones, com um moderno desenho de 27 buracos. Como director de obra, Jorge Santana da Silva tem o primeiro contacto com a equipa do gabinete de Robert Trent Jones sénior e fica fascinado pela “habilidade” de esculpir o terreno original, de forma a tornar possível e bem mais interessante o jogo de golfe. Teve então início uma grande paixão, que exige a Jorge Santana da Silva não só conhecimentos em engenharia, mas também o desenvolvimento dos seus “saberes” sobre golfe, bem como o desafio de aprender sobre arquitectura paisagística, sistemas de rega ou agronomia. Desde essa altura, o arquitecto dedica-se, em exclusivo, à concepção e construção de campos de golfe. (…)