INCONTORNÁVEL POLO MUSEOLÓGICO
Instalado, desde 1911, no espaço do secular Convento de S. Francisco da Cidade, o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado situa-se bem no centro de Lisboa, na zona histórica do Chiado. A coleção e a exposição permanente do museu atravessam a história da arte em Portugal, desde 1850 até à atualidade, constituindo-se como a mais importante coleção nacional de arte e um polo museológico incontornável sobre a criação contemporânea portuguesa.
O Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado foi fundado por decreto da República em 26 de maio de 1911. Nascia, assim, da divisão do antigo Museu Nacional de Belas-Artes em Museu Nacional de Arte Antiga e em Museu Nacional de Arte Contemporânea, constituído por todas as obras posteriores a 1850 e tendo sido instalado no Convento de S. Francisco, num espaço vizinho da Academia de Belas Artes. Ao organizar-se uma rede museológica articulada ao longo do país, cumpria-se um projeto de modernidade desenvolvido pelo ideário oitocentista de livre esclarecimento dos cidadãos, dotando o país com os instrumentos necessários à salvaguarda e revelação da arte nacional. Inédita e pioneira, no contexto internacional, terá sido a criação de um museu de arte contemporânea. A instalação, ainda que a título provisório, do Museu Nacional de Arte Contemporânea no Convento de S. Francisco vinha simbólica e oportunamente situá-lo na zona frequentada pelas tertúlias das gerações representadas no museu. Após o incêndio que em 1988 afetou a zona, o museu foi reinaugurado em 1994, sob projeto de renovação da autoria do arquiteto francês Jean-Michel Wilmotte. Atualmente, o museu promove exposições temporárias que se centram em retrospetivas de artistas ou de movimentos proeminentes a nível nacional mas também internacional, nomeadamente obras de artistas como Paula Rego, Helena Almeida, Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis, Ângela Ferreira, entre outros.
As coleções permanentes
As coleções permanentes do Museu Nacional de Arte Contemporânea documentam a produção artística em Portugal entre 1850 e a atualidade, sendo este o mais importante acervo no que diz respeito à Arte Moderna e Contemporânea pertencente ao Estado. Assim, é obrigação deste museu nacional disponibilizar estas coleções em permanência aos diferentes públicos que o visitam. A evidente exiguidade das salas de exposição obrigou a uma seleção pequena e rigorosa de cerca de 100 obras, datadas entre 1850 e 1975, dispostas por cronologias e principais tendências artísticas de cada período. As obras entre 1975 e a atualidade serão apresentadas em exposições temporárias, organizadas segundo diferentes temas e ideias que as percorrem transversalmente.