40% DO PIB MUNDIAL VAI A VOTOS
Nota da Goldman Sachs aponta riscos de um calendário eleitoral em 2012, que conta com 60 eleições em países responsáveis por 40% do PIB mundial.
Mais de 60 eleições em países responsáveis por 40% do PIB Mundial, onde se incluem os EUA e a França… Uma variável na ordem mundial que constitui, só por si, um enorme risco para os mercados. Quem o diz são os economistas da Goldman Sachs, que temem a incerteza em torno de muitos dos desfechos eleitorais previstos, o que, numa época de grandes flutuações, não vem acrescentar estabilidade a uma economia mundial que necessita dela como de pão para a boca. Em 2012, tanto os EUA como a Rússia e a França têm agendadas eleições presidenciais, enquanto a China vai proceder à transferência de poder entre gerações de líderes. Tudo somado, significa que três dos maiores países do mundo podem mudar de liderança no decorrer deste ano. Em França (responsável por 2,84% do PIB mundial), a luta terminou entre François Hollande e Nicholas Sarkozy. A troca entre a direita e a esquerda francesa na cadeira do poder no Palácio do Eliseu poderá significar uma grande mudança nas orientações políticas do país, mas também de toda a União Europeia. A influência do presidente francês ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, na definição das últimas diretrizes europeias mostra bem o peso de Sarkozy no cenário europeu. Com Hollande no poder, a visão socialista poderá alterar os equilíbrios políticos que têm sido alcançados para a Europa e para a Zona Euro, e quem mais teme esse facto é a até aqui parceira inseparável da França de Sarkozy: a Alemanha de Merkel.
Obama fragilizado com Romney muito próximo
Nos EUA, responsável por 19,34% do PIB mundial, a vida de Barack Obama também já conheceu dias mais fáceis. As eleições presidenciais estão marcadas para 6 de novembro, e apesar de Obama continuar à frente nas sondagens, o mais que certo candidato republica no Mitt Romney pode começar a reduzir a desvantagem, agora que o seu adversário interno Rick Santorum abandonou a corrida. Obama tem tido a vantage natural de ser não só o presidente, como o candidato conhecido dos democratas, ao passo que os republicanos têm andado empenhados na disputa interna. (…)