VISITA PRESIDENCIAL

140721-PR-0299ESTREITAR LAÇOS

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, realizou uma visita oficial a Seul, capital da República da Coreia. Com ele seguiram também vários secretários de Estado, tais como Luís Campos Ferreira, dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação; Leonardo Mathias, Adjunto e da Economia; José Ferreira Gomes, do Ensino Superior; e o presidente da AICEP, Miguel Frasquilho. Acompanharam ainda a delegação portuguesa responsáveis de 17 empresas portuguesas e representantes de universidades nacionais.

A visita oficial à Coreia do Sul foi a primeira de um chefe de Estado português desde o estabelecimento de relações diplomáticas, há mais de 50 anos, e representou “um sinal claro da importância que os dois países atribuem à relação bilateral e da determinação firme em construir, em conjunto, uma parceria de futuro”, afirmou o Presidente da República. Esta visita, que teve uma componente fortemente económica, serviu também para estreitar laços e potenciar futuros investimentos entre empresas nacionais e sul-coreanas. Cavaco Silva, que foi recebido no aeroporto internacional de Incheon pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, tinha ainda marcado na sua agenda um encontro com a Presidente da República da Coreia, Park Geun-hye, bem como um pequeno-almoço com administradores de grandes empresas sul-coreanas e a abertura de um seminário económico luso-coreano. Cavaco Silva participou também, em Seul, numa cerimónia em memória das vítimas da guerra. O memorial situa-se no cemitério nacional, na capital sul-coreana, em cuja entrada se encontrava hasteada a bandeira portuguesa, a par da bandeira do país. A cerimónia iniciou-se com o Presidente acompanhado pela mulher, Maria Cavaco Silva, a depositarem uma coroa de flores com fitas de cor verde e vermelha junto à torre do memorial e colocando incenso a queimar. O chefe de Estado assinou depois o livro de honra do memorial. O local acolhe os nomes de 104 mil soldados cujos corpos nunca foram encontrados e, no exterior, o cemitério espalha-se por um grande espaço, entre esculturas e jardins, com milhares de sepulturas de vítimas da Guerra da Coreia.

Relações entre os dois países140721-PR-0393

Durante o encontro com a sua homóloga, Cavaco Silva transmitiu-lhe que a posição de Portugal “é muito clara na condenação dos ensaios nucleares, tal como é muito clara no que respeita às ameaças que de vez em quando são feitas na utilização de mísseis”. O Presidente felicitou Park Geun-hye pelo seu plano para a reunificação da Coreia, dividida desde 1945, com as duas partes a reclamarem a soberania total da península. “Consideramos um plano construtivo, apostando no diálogo, mas também para promover a paz, a segurança nesta região e dar um contributo para a melhoria do respeito dos direitos humanos na Coreia do Norte”, afirmou Cavaco Silva. Por seu lado, a presidente agradeceu o “firme apoio” português à “visão de reunificação e à política voltada para a Coreia do Norte”. Cavaco Silva constatou ainda que as relações entre Portugal e a Coreia do Sul “estão aquém do seu potencial, mas foi firme a determinação dos dois países em darem um passo em frente para reforçarem as relações em todos os domínios – político, económico, empresarial, cultural, científico e turístico”. Durante o encontro, os dois presidentes assinaram um memorando de entendimento que pretende incrementar a cooperação no domínio do turismo, área em que existe “um grande potencial de crescimento”, e um outro para desenvolver “a cooperação bilateral nas energias renováveis e na eficiência energética, em que os dois países dispõem de know-how e potencial de relevo”. No dia seguinte, o pequeno-almoço com administradores de grandes empresas sul-coreanas e o seminário económico que se seguiu permitiram, tal como revelou Cavaco Silva, “abrir portas para que se realizem avanços na cooperação empresarial entre parceiros coreanos e portugueses”. Foram ainda assinados protocolos entre instituições académicas dos dois países. No final da visita, o Presidente encontrou-se com membros da comunidade portuguesa.