O Presidente da República realizou uma viagem à Colômbia e ao Peru, com o objetivo de dar a conhecer a cultura portuguesa além-fronteiras. Em cima da mesa estiveram outras questões, nomeadamente a economia.
O Presidente da República, Cavaco Silva, viajou para a Colômbia, a convite do seu homólogo, Juan Manuel Santos. A comitiva oficial que o acompanhou era composta por 20 pessoas, nomeadamente o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. Todos os grupos parlamentares se fizeram representar ao mais alto nível, exceto o Bloco de Esquerda. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, juntou-se depois à comitiva. A delegação empresarial reuniu cerca de 40 empresários, de áreas tão diversas como construção civil, banca, hotelaria, energia ou transportes. Entre eles, estavam responsáveis do Banco Espírito Santo, da CIFIAL, da EFACEC, da Douro Azul, da Galp, da Jerónimo Martins, do grupo Mota-Engil, do grupo Pestana, da Vista Alegre, do Porto de Sines, da REFER e outras entidades. Para Cavaco Silva esta foi uma viagem para “trabalhar” e ajudar os empresários portugueses a entrar num mercado com grande potencial de crescimento. Antes de partir, confessou estar “muito confiante” nos resultados da visita: “Portugal está na moda, neste país”, disse o Presidente durante a longa viagem de avião em direção a Bogotá. Para além da componente política e económica, a agenda presidencial compreendia um forte foco empresarial e cultural. Fixando o aprofundamento das relações económicas e comerciais entre Portugal e a Colômbia como o principal objetivo da sua visita, Cavaco Silva frisou que, “face às perspetivas de fraco crescimento económico em toda a União Europeia, Portugal precisa de conquistar novos mercados para as suas exportações”. O Presidente da República participou numa série de encontros políticos ao mais alto nível, e marcou presença na inauguração da Feira do Livro, onde Portugal foi país convidado de honra. No pavilhão português, estiveram alguns escritores de língua portuguesa.
Aguardado à chegada pela ministra dos Negócios Estrangeiros colombiana, Maria Angela Holguin, Cavaco Silva atravessou alas de cortesia constituídas por soldados, ao som de uma marcha executada por uma banda militar. Recebido com honras militares no palácio presidencial de Bogotá, a Casa de Nariño, manteve depois um encontro restrito com o seu homólogo, que mais tarde foi alargado às delegações dos dois países. Juan Manuel Santos ofereceu um almoço de Estado em honra do Presidente e da primeira-dama, Maria Cavaco Silva. Antes, o chefe de Estado português prestou homenagem a Simón Bolívar, o herói libertador sul-americano que fundou e presidiu, no século XIX, à Grã-Colômbia, a primeira união de estados independentes da América Latina, depositando uma coroa de flores no monumento erigido em sua memória. (…)