O que há pouco tempo parecia impossível, atualmente é uma das atividades preferidas dos mais excêntricos. Falamos de uma nova forma de ver o Mundo com o turismo espacial.
É certo que o turismo é uma das áreas mais importantes da nossa economia, mas chegou a vez de uma aposta mais arrojada: o espaço. Aqueles que tentam definir as primeiras linhas orientadoras desta nova actividade são ainda uma minoria. É o caso, por exemplo, dos Estados Unidos da América, que apresentaram já um projecto com algumas directrizes para o turismo espacial, nomeadamente obrigatoriedade de os turistas fazerem exames físicos antes de embarcar e a assinatura de uma declaração onde os riscos envolvidos são aceites. Os responsáveis pelas aeronaves deverão também informar os passageiros acerca do histórico do veículo, bem como apresentar algumas regras de segurança. O que antes era apenas destinado a alguns – tais como missões de reconhecimento ou fatos espaciais – está agora acessível a qualquer um, desde que seja saudável e seja titular de uma conta bancária bem recheada.
Aventuras espaciais
Ainda um pouco desconhecido pela maioria das pessoas, o turismo espacial assume, na maior parte dos casos, um papel futurista e utópico. Apesar de se ter começado a falar deste fenómeno há aproximadamente 10 anos, a sua existência remonta aos anos 60, altura em que Barron Hilton e Kaft Ehrickepublicaram artigos sobre este tema, sem, no entanto, virem a obter qualquer reconhecimento pelo seu trabalho. Nos anos seguintes houve grandes evoluções neste campo e, em 1998, foi criada a Spacetopia, a primeira empresa japonesa, e a Space Adventures, responsável por pôr no espaço os primeiros seres humanos. Em 1999, nasceu a Virgin Galactic e a Bigelow Aerospace Inc. Até aos dias de hoje só existem três turistas do espaço – Toyohiro Akiyama, em 1990, Dennis Tito, em 2001, e Mark Shuttleworth, em 2002 –, o que se deve essencialmente ao preço avultado de uma aventura deste género.
Vaivéns espaciais, veículos de lançamento, combustível, fatos espaciais e sistemas de navegação são apenas alguns dos exemplos de todo o material e equipamento necessário para a realização de uma simples viagem! Assim, o seu preço é completamente exorbitante, mas valores que rondam os 650 mil euros são facilmente justificáveis já que, toda a logística por detrás da organização de uma viagem espacial implica um custo muito elevado. (…)