Chakorn Suchiva é o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Reino da Tailândia para a República de Portugal. Em entrevista à FRONTLINE, destaca a importante relação de amizade e confiança entre Portugal e a Tailândia. Em terras lusas, o diplomata tem por objetivo “fortalecer as relações bilaterais entre os dois países e promover a cultura tailandesa”. Durante o mês de Fevereiro, a embaixada destaca, como principais eventos, a visita de Sua Alteza Real a Princesa Maha Chakri Sirindhorn e a inauguração da Sala Thai, um monumento característico que foi oferecido a Portugal.
Portugal e a Tailândia conheceram-se há 500 anos, como define a relação entre os dois países?
A ligação entre a Tailândia e Portugal começou em condições de igualdade, como a de dois bons amigos e parceiros comerciais. A união continua de uma maneira amigável e vai durar ainda mais tempo.
O que significou, para o Reino do Sião, o contacto com uma potência europeia, nessa época?
O contacto com uma potência europeia só fez com que a Tailândia (Reino do Sião, naquela época) se tornasse mais ocidentalizada. Contudo, o nosso país nunca foi colonizado pelo poder europeu, uma vez que é muito rico em recursos e em termos culturais.
O que é que Portugal tinha para oferecer a nível cultural, económico e social?
Portugal ofereceu armas e novas possibilidades em termos defensivos. Para além disto, trouxe também influências em termos gastronómicos. Introduziu ainda o cristianismo no Leste.
E relativamente ao Reino do Sião, o que tinha para oferecer há 500 anos atrás a Portugal? E hoje?
Portugal beneficiou com o ouro, cobre e especiarias que o Reino do Sião tinha para oferecer. Hoje em dia, o volume de comércio é baixo, destacando-se apenas peças de automóveis, de computador e ingredientes alimentares tailandeses.
Na sua opinião, o que representa para a relação entre estes dois países a inauguração da Sala Thai?
A cerimónia de abertura da Sala Thai significa muito para a Tailândia e também para Portugal, demonstrando que os dois países preservam uma amizade que dura há mais de 500 anos.