AIRHELP

9PROBLEMAS NOS VOOS

Se, nos últimos três anos, foi prejudicado por um voo atrasado ou cancelado, poderá estar apto a receber até 600 euros da companhia aérea. Se pretender que tratem deste assunto por si, basta que consulte a página da AirHelp.

Com a época de férias terminada, e depois do período de pico do transporte aéreo, é hora de fazer um balanço e perceber o que correu menos bem no que toca a atrasos, voos cancelados ou situações inesperadas. Este é o caso de alguns dos passageiros da TAP que, este ano, se depararam com voos atrasados ou cancelados. Em junho, a companhia portuguesa foi mesmo multada e impedida de vender passagens em Pernambuco, no Brasil, por situações destas e falta de informação aos clientes na rota para Recife. Os seus direitos enquanto passageiro aéreo poderão ser difíceis de compreender, e para o ajudar nessa difícil demanda existe a AirHelp, uma empresa que auxilia os passageiros a tratarem da burocracia das reclamações. Atrasos e cancelamentos, perda e danos na bagagem e overbooking são as queixas mais comuns feitas à DECO. TAP, Easyjet, Iberia, Ryanair e Lufthansa – as principais companhias a operar nos aeroportos nacionais – são as mais visadas. Nos primeiros seis meses deste ano, a associação de defesa do consumidor já recebeu 300 reclamações, ainda assim, menos do que em igual período de 2013 (329).

Como ser recompensado10

De acordo com a legislação da União Europeia, caso o voo seja cancelado ou chegue mais de três horas atrasado as companhias têm de indemnizar os passageiros. O limite, estipulado por Bruxelas, é de 600 euros. Se todos os portugueses estivessem a par desta norma e tivessem pedido uma compensação, só no ano passado teriam direito a receber 200 milhões de euros. Em 2013, as operadoras aéreas receberam 56.478 reclamações, mais 7,2% do que no ano anterior, segundo dados de Bruxelas. Porém, só 2% das reclamações foram efetivamente indemnizadas, segundo a Comissão Europeia. Em Portugal, por exemplo, só quatro das mais de 6 mil queixas avançaram, estando ainda os queixosos em negociações com as operadoras. Além disso, conseguir ser indemnizado sem a ajuda de uma agência especializada, como a AirHelp, não é tarefa fácil. Quando confrontadas com os pedidos de indemnização, a maioria das companhias aéreas ou não responde ou invoca “circunstâncias extraordinárias”, como questões meteorológicas. Contudo, mesmo neste último caso, os passageiros têm direito a alimentação e alojamento a cargo da operadora. A AirHelp tem tentado inverter esta tendência e já ajudou mais de 15 mil passageiros a receber indemnizações, que totalizam 1 milhão de euros. A empresa cobra uma comissão de 25%, “mas apenas se ganhar o caso”. E tem conseguido uma média de indemnização por passageiro de 450 euros. Para reclamar basta ir ao site da agência e preencher um formulário com os detalhes do voo. A equipa da AirHelp entra de seguida em contacto com a companhia e encarrega-se de todo o processo, indo até aos tribunais, se for necessário.