DESCOBRIR A CIDADE
De cores e dimensões variadas, os tuk-tuk invadiram Lisboa. Todos os dias pelas ruas estreitas dos bairros mais típicos da cidade os triciclos motorizados de inspiração asiática fazem as delícias dos muitos turistas que, diariamente, visitam a capital.
Junto à Sé de Lisboa o movimento é tanto que há quem pergunte se o tuk-tuk é um veículo típico de Lisboa. Os tuk-tuk são uma espécie de triciclo a motor com um número variável de lugares que está a ganhar cada vez mais popularidade entre os turistas estrangeiros. Consoante o modelo, podem transportar até seis pessoas em visitas guiadas que inundaram as ruas da capital. Os tuk-tuk circulam todos os dias sem descanso e aproveitam a sua pequena dimensão – perfeita para as ruas estreitas das velhas colinas – para se esquivarem entre elétricos e autocarros. Param um pouco por toda a cidade mas povoam, maioritariamente, as zonas mais antigas, onde há mais turistas, para os deliciarem com passeios pagos à hora que incluem percursos predefinidos pelas zonas mais típicas da cidade e até degustações de vinhos e bolos. As empresas que promovem este tipo de animação turística escolhem os sítios a dedo: por onde há turistas, lá andam aqueles triciclos.
Licenciamento da atividade
O Turismo de Portugal, responsável pelo licenciamento, não tem registo do número de empresas que operam tuk-tuk ou do número de veículos a circular. Contudo, e para esta instituição, juntamente com uma série de outras formas de visitar Lisboa, como os helicópteros, os GoCar, os buggies elétricos, os segways e as bicicletas, os tuk-tuk fazem parte de uma oferta vasta que permite, aos cada vez mais numerosos turistas, escolher os seus roteiros, mas também a forma como deles desfrutam – à semelhança de Madrid, Londres, Paris ou Berlim. Os tuk-tuk podem circular, como qualquer outro veículo autorizado pelas entidades competentes, nas vias públicas. Contudo, as restrições ao funcionamento dos tuk-tuk que tinham já sido anunciadas pelo presidente da Câmara de Lisboa vão mesmo avançar. Entre elas, destaque para a impossibilidade de estes veículos circularem depois das 21h00, a proibição de entrarem em determinadas zonas e a definição dos locais onde podem estacionar e parar para deixar entrar e sair os seus passageiros. Para além disto, e tal como também já tinha sido anunciado por Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a partir de janeiro de 2017 todos os tuk-tuk que circulem em Lisboa terão que ser elétricos. Uma imposição que o autarca acredita que vai ao encontro daquela que é “a maior preocupação e a maior zona de conflito” entre quem explora estes veículos turísticos e os moradores de Lisboa: “o ruído e a poluição”. A regulamentação é uma preocupação também para a Federação Portuguesa do Táxi, que juntamente com a Antral (Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros) entregou à Câmara um documento alertando para os efeitos da ausência de regulamentos: é um incentivo “à prática do transporte ilegal”, dizem. Estas instituições afirmam ainda que os tuk-tuk se tornaram “concorrência direta ao táxi”, o que, segundo afirmam, “reduziu a rentabilidade e trouxe maior dificuldade de rejuvenescimento das frotas e qualificação da pessoa”.
Diferentes propostas
A Tuk-Tuk Lisboa foi a primeira empresa do género a instalar-se na cidade, contudo, atualmente existem muitas outras que oferecem diversos percursos, atividades combinadas (visita + prova de vinhos ou de bolos, por exemplo), tuk-tuk elétricos, entre outros aspetos. Uma dessas empresas é a Eco Tuk Tours. A empresa, fundada por João Túgal e pelos irmãos Rui e Tiago, é uma das poucas a operar tuk-tuk elétricos – silenciosos e amigos do ambiente – em Lisboa. A ideia surgiu há quase três anos, mas a Eco Tuk Tours só começou a trabalhar em maio de 2013. A ideia de apostar em veículos elétricos deveu-se à “preocupação com o meio ambiente” e também ao facto de quererem mostrar Lisboa aos seus visitantes “de uma forma não agressiva e amiga do ambiente”, refere Ricardo Carvalho, da Eco Tuk Tours. A aposta foi sem dúvida “ganha”. No que aos percursos diz respeito, Ricardo Carvalho destaca o “OldTown”, que ao longo de cerca de uma hora e meia vai da Sé ao Castelo, com passagem por Alfama e Mouraria, e o “Follow the 28”, um percurso a partir do clássico elétrico 28, com paragens pelas sete colinas, como sendo os mais procurados. De referir que a Eco Tuk Tours realiza também muitas ações e eventos de team building e para mercados MICE (Meeting Incentives Congress & Events) que, tal como revela Ricardo Carvalho, requerem “uma organização diferente na criação de itinerários exequíveis”. A Tuk-Tuk Lisboa tem como objetivo exceder as expectativas através de um serviço de excelência. Aliada à tradição de bem receber dos portugueses, esta empresa presta um atendimento personalizado, proporcionando o conforto, a segurança, a diversão e a tranquilidade necessárias para se desfrutar da cidade de Lisboa em pleno. Embora existam percursos já definidos, é também possível a realização de um percurso escolhido pelos clientes.