SER TURISTA EM LISBOA

Café_Martinho_da_Arcada_8682EXPERIÊNCIAS CÁ DENTRO

Existem coisas que, invariavelmente, todos os turistas querem fazer em Portugal. Mas será que os portugueses também desfrutam dessas experiências? Siga estas sugestões e seja turista no seu país.

Martinho da Arcada

Com um pastel que rivaliza com os melhores de Lisboa, o Martinho da Arcada conquistou um lugar de referência no panorama nacional e é, talvez, o mais cosmopolita dos cafés lisboetas, atraindo, assim, milhares de visitantes de todo o mundo. Localizado no Terreiro do Paço, por baixo da arcada nordeste da mais bela praça da capital, a história do bicentenário Café Martinho da Arcada inicia-se em 1778, numa modesta loja de bebidas, contudo, em termos de rigor histórico, a data oficial da sua inauguração é no dia 7 de janeiro do ano da Graça de 1782. Esqueça os pastéis de Belém, que dominam as listas dos melhores de Lisboa. O Martinho da Arcada vive muito da clientela estrangeira e da mitologia pessoana (ainda lá está a mesa do poeta).

Depósito da Marinha GrandeDepósito marinha grandes_foto4

O Depósito da Marinha Grande figura em vários guias como um sítio obrigatório e, mesmo assim, quantos de nós portugueses, não passamos pela montra do número 418 na Rua de São Bento sem pararmos? A loja do Depósito da Marinha Grande tem das mais icónicas criações da fábrica centenária, copos, frascos, garrafas, objetos de decoração, candeeiros e até material de laboratório. A história do Depósito da Marinha Grande está inevitavelmente ligada ao percurso da indústria do vidro em Portugal. A primeira fábrica de produção de vidro – a Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande – foi estabelecida pelo marquês de Pombal em 1769. Desde então, as várias fábricas da região mantiveram viva a tradição de séculos, produzindo peças de elevada qualidade e prestígio em vidro manual soprado. O Depósito da Marinha Grande dá continuidade a esta tradição, aliando-a a técnicas inovadoras na produção de um material sustentável e nobre. Acompanhando o desenvolvimento da economia nacional e procurando acompanhar as necessidades do seu cliente, a empresa mantém-se até hoje como um nome de referência no setor nacional do vidro, com representação em todo o país e o mesmo acolhimento familiar e personalizado por parte dos seus trabalhadores.

DIGITAL CAMERAEsplanada do Castelo de S. Jorge

A esplanada do Castelo de S. Jorge merece ser descoberta pelos portugueses, assim como o próprio castelo, um dos monumentos mais emblemáticos da cidade. A entrada é gratuita para os lisboetas – basta levar um comprovativo – e a vista e o serviço vão fazê-lo perceber por que motivo é que Martim Moniz se quis entalar naquelas portas.

Terraço da Basílica da Estrelaponte_passeiolx201411g

Para obter uma “vista de longo alcance sobre Lisboa” é necessário subir 112 degraus até ao terraço da Basílica da Estrela. De lá de cima vê-se o Jardim da Estrela, a Lapa, bem como o Tejo. Os pombos também costumam ter uma presença bem ativa neste lugar. Talvez por causa dos 112 degraus ou dos 4 euros que custa o bilhete que lhe dá acesso, este espaço não é muito frequentado. Aberto das 10h00 às 18h30, encontra-se encerrado às segundas-feiras.

livraria-do-simao08Livraria do Simão

Localizada nas Escadinhas de São Cristóvão, a Livraria do Simão tem apenas 3,80 metros quadrados, com cada centímetro ocupado por livros. Só cabe lá dentro uma pessoa de cada vez, mas vale a pena pesquisar esta belíssima coleção de livros raros de autores portugueses e estrangeiros.  Aberta desde 2008 no lugar de uma tabacaria, está em vários guias turísticos como uma das atracões mais insólitas da capital.

Cemitério dos PrazerescEMITERIO DOS pRAZERESDSC_5361

Um cemitério muito dificilmente poderá ser visto como uma atração, mas o que leva os turistas ao Cemitério dos Prazeres? Ali estão alguns dos melhores exemplos de arte fúnebre e os edifícios mais curiosos de Lisboa, como o mausoléu dos duques de Palmela, uma pirâmide de inspiração maçónica onde estão sepultadas mais de 200 pessoas. Este local oferece ainda uma vista privilegiada para o Tejo e uma das maiores concentrações de ciprestes da Europa. Há visitas guiadas, essenciais para descodificar as centenas de histórias do cemitério (por marcação 213 912 699), e um museu na capela.